A conservação do solo e a recuperação de áreas degradados podem ser usadas para impedir o avanço do desmatamento na Amazônia. “O que já há de áreas derrubadas e degradadas para recuperar é mais do que suficiente para não precisar derrubar mais nenhuma árvore”, afirmou hoje (14) o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, ao participar da abertura do seminário alusivo ao Dia Nacional da Conservação do Solo, que será comemorado amanhã (15).
No Brasil, há mais de 60 milhões de hectares de áreas degradadas. As regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste são as mais afetadas. Nelas, o processo da agricultura empresarial foi mais intenso.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Márcio Porto Carreiro, as boas práticas de manejo da terra são a melhor alternativa para recuperar o solo e evitar o desmatamento na Floresta Amazônica.
“Se tiver a opção de voltar a produzir com eficiência na sua região, com certeza, o produtor vai diminuir a tendência de avançar pela Região Norte”, afirma Carreiro.
A conservação dos mananciais também é um aspecto importante na preservação do solo. Segundo Carreiro, os solos urbanos são os responsáveis pela contaminação das nascentes. “Os gestores públicos municipais têm o compromisso de preservar o solo urbano. As prefeituras municipais têm que se preocupar no destino correto das águas e também com as erosões urbanas.”
A integração lavoura-pecuária-silvicultura, a recuperação de áreas que concentram as microbacias hidrográficas, o plantio direta na palha e as produções orgânica e integrada são algumas práticas adotadas pelos produtores e incentivadas pelo ministério.
Agencia Brasil