A Secretaria da Saúde do Paraná informou nesta segunda-feira (20) a confirmação de cinco novos casos da gripe suína A (H1N1), todos na região de Curitiba. Com isso, o Paraná soma 61 pessoas contaminadas pelo vírus H1N1. As informações fazem parte do 38.° Boletim Epidemiológico.
Todos os pacientes se recuperam bem e já retornaram às atividades normais após passarem pelo período de isolamento recomendado. Em todos os casos, a Secretaria da Saúde rastreou e monitora as pessoas que tiveram contato com os doentes.
Além dos casos confirmados, 685 pessoas aguardam o resultado dos exames. Outros 270 casos foram descartados.
O secretário da Saúde, Gilberto Martin, anunciou na sexta-feira (17) que o Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen) vai começar a realizar os exames que detectam a nova gripe a partir do final de julho. Os técnicos do Lacen receberão um treinamento, para validação, na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, no dias 21 e 22 de julho.
“O Ministério da Saúde incluiu o nosso Lacen na realização dos exames. Isso é motivo de orgulho, pois até o momento somente três laboratórios no País realizavam esse tipo de exame e, no mundo todo, eram apenas 168 laboratórios credenciados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O nosso Lacen será o 169º laboratório autorizado”, anunciou.
Depois da capacitação, o Lacen do Paraná poderá realizar aproximadamente 100 exames por dia, o que diminuirá o tempo de espera dos resultados. “O custo também será menor, pois sai mais barato do que enviar os exames para o Rio de Janeiro”, explicou Martin. O secretário também anunciou a compra de 3.800 kits para começar a realizar os exames.
Inicialmente, no Sul do País, só o Paraná realizará os exames. Porém o laboratório do Rio Grande do Sul também pleiteou a realização dos exames. “Se tudo ocorrer como previsto, vamos distribuir as responsabilidades dos exames de Santa Catarina que, em contrapartida, realizará os exames de febre amarela dos três estados”, complementou.
O secretário disse que os exames serão feitos com muito critério. “A vida do paciente não depende do resultado do exame. Muitos pacientes se recuperam bem e passam pela gripe sem complicações. A realização dos exames tem mais importância epidemiológica, pois é por meio das incidências de gripe que podemos mapear a circulação do vírus no Estado e no país”, explicou.
VIGILÂNCIA – Martin disse ainda que está previsto no Plano de Contingência do Estado a investigação de todos os óbitos por infecção viral do sistema respiratório. “Isto já faz parte da nossa rotina e é uma boa forma de fazermos a sentinela. No ano passado morreram cerca de 30 pessoas por infecção viral e nem se falava em H1N1. Também vamos monitorar os casos graves com essa característica. Se ficar comprovado que alguém no Paraná morreu com a nova gripe, vamos comunicar como manda o protocolo”, complementou.
Martin afirmou ainda que o Estado tem uma estrutura hospitalar preparada para atender os casos graves. “Temos pelo menos um hospital em cada regional das 22ª Regionais de Saúde preparado para receber pacientes com influenza”, disse. O Estado ainda contra com hospitais de referência primária credenciados pelo Ministério da Saúde.
FRONTEIRA – O secretário revelou também que a fiscalização na região de fronteira já está sendo intensificada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Só temos cinco pontos de fronteira e três delas já receberam reforço na fiscalização. As outras duas, que são menores, estão recebendo o apoio das Secretarias Municipais de Saúde dos municípios”, explicou. Martin também revelou que na próxima semana deve ocorrer uma reunião com representantes da Anvisa para discutir o assunto.
Agência do Paraná