Parir de cócoras ou na água. Esperar o trabalho de parto em casa. Ter uma doula… Até pouquíssimo tempo, ideias como essas eram vistas com estranhamento e, muitas vezes, desdém, pela maioria das grávidas e seus parceiros. Algumas até já tinham “ouvido falar” de parto natural ou humanizado, mas encontrar obstetra que colocasse os conceitos em prática era uma luta árdua e praticamente impossível.
Atualmente, o Estado com o menor índice de cesarianas é o Amapá, graças ao trabalho incessante das parteiras locais. Em contrapartida, Rondônia possui o maior número de cesarianas em todo o país, atingindo 90% dos partos de todo o seu sistema de saúde. Uma contradição inexplicável em uma região unida pela geografia.
Acredita-se que a grande motivação das cesarianas ocorre por indicação dos médicos obstetras, uma vez que 75% das grávidas do país desejam um parto normal, mas apenas 10% conseguem. A motivação da classe médica é estimulada, principalmente, pela maior lucratividade que a cesariana permite, além de outros fatores como a falta de tempo para esperar a evolução de um trabalho de parto, no caso da rede pública, por exemplo.
Hoje a Parto do Princípio está com exposições da Semana Mundial pelo Respeito ao Nascimento em 10 cidades brasileiras.
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Por Dani Franco – jornalista paraense, mãe e integrante da Rede Parto do Princípio