A Rede Metropolitana de São Luís, uma infraestrutura óptica de alta velocidade construída para interligar Instituições de Ensino Superior (IES) e centros de pesquisa da capital maranhense, será inaugurada amanhã, quinta-feira (22/10). A cerimônia será realizada no Palácio Cristo Rei, às 10h.
A rede, que interligará seis instituições em seus 43 km de extensão e recebeu investimentos para implementação da infraestrutura de R$ 668 mil, utilizará tecnologia óptica que possibilitará a troca de informações em alta velocidade e o uso de aplicações avançadas, beneficiando projetos colaborativos e iniciativas de educação a distância.
A Rede Metropolitana de São Luís é parte do projeto Redes Comunitárias de Educação e Pesquisa (Redecomep), uma iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) patrocinado pela Financiadora de Estudos e Pesquisas (Finep). A coordenação nacional da Redecomep é fica a cargo da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), organização responsável pela gestão e operação da rede acadêmica brasileira, a rede Ipê, que interliga cerca de 600 institutos de educação e pesquisa em todo o país, beneficiando cerca de um milhão de pessoas.
A Redecomep prevê a implementação de 27 redes de alta velocidade nas cidades que abrigam os Pontos de Presença (PoPs) da RNP. Além disso, está em curso uma expansão do projeto, que levará tecnologia óptica para dez cidades do interior do país que contam com, pelo menos, uma IES e um centro de pesquisa a serem conectados.
Serão conectadas à Rede Metropolitana de São Luís: o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA); a Fundação de Amparo à Pesquisa e ao desenvolvimento Científico e Tecnológico Do Estado Do Maranhão (Fapema); Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Maranhão (IF-MA); Secretaria Adjunta de Tecnologia de Informação e Integração (SEATI); Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
Parceria
Uma vez inaugurada, a Rede Metropolitana de São Luís passa a ser gerida por um consórcio formado pelas instituições integrantes. A Companhia Energética do Maranhão (CEMAR) foi parceira na construção da rede, apoiando a passagem dos cabos ópticos.
A rede conta também com a parceria da Prefeitura de São Luís e do governo do Estado do Maranhão. As cooperações governamentais têm se revelado vantajosas nas redes metropolitanas em operação, pois oferecem aos governos locais um par de fibras em troca de apoio à implementação e manutenção do projeto. Utilizando conexões ópticas, os órgãos governamentais têm acesso mais veloz à Internet, o que se converte em melhores serviços à população.
Com a inauguração da Rede Metropolitana de São Luís, serão 16 redes metropolitanas em operação. Já foram inauguradas: Belém, Vitória, Manaus, Florianópolis, Brasília, Natal, São Paulo, Fortaleza, Macapá, Goiânia, Campina Grande, Salvador, Cuiabá, Aracaju e Curitiba.
Sucesso da iniciativa motivou expansão da Redecomep para o interior do país
A implantação das redes ópticas já permite a obtenção de resultados positivos para as IES e centros de pesquisa conectados pelas Redes Metropolitanas em operação. Entre os benefícios pode-se destacar as vantagens econômicas, como a redução do valor pago pela conexão à Internet e o aumento da velocidade de acesso, e o estímulo a projetos colaborativos com a participação de pesquisadores de diversos pontos do país.
A demanda por conectividade no interior do país e os resultados positivos estimularam uma expansão do projeto Redecomep. No âmbito desta nova fase, 10 municípios que contam com, pelo menos, duas IES serão beneficiadas.
A Redecomep chegará a São Carlos (SP), Campinas (SP), Itajubá (MG), Ouro Preto (MG), Pelotas (RS), Petrolina (PE), São José dos Campos (SP), Uberaba (MG), Uberlândia (MG), Niterói (RJ) e Petrópolis (RJ).
O processo de implantação destas redes comunitárias segue os moldes das Redes Metropolitanas. As instituições participantes formam um consórcio e são negociadas parcerias estratégicas com governos locais e empresas de infraestrutura, para reduzir o custo da construção e garantir a manutenção da Rede após a inauguração.
Sobre a RNP
Responsável pela introdução da Internet no Brasil, em 1992, a RNP opera a rede acadêmica nacional, a rede Ipê. Sua missão é promover o uso inovador de redes avançadas no país. Mantida pelos Ministérios da Ciência e Tecnologia e da Educação, atua no desenvolvimento e na prestação de serviços em três áreas: infraestrutura de redes de alto desempenho, aplicações avançadas e formação de recursos humanos em redes.