Uma grande massa de ar seco que cobre boa parte do Brasil tem deixado o tempo ensolarado e com baixa umidade relativa do ar em vários Estados. Com isso, o número de queimadas só aumenta. Apenas de ontem para hoje, os satélites ambientais monitorados pelo Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos registraram juntos 1029 focos em todo o Brasil. Os Estados com os maiores números são: São Paulo com 169, Mato Grosso com 149, Pará com 140, Tocantins com 109 e Goiás com 104.
De acordo com Celso Oliveira, meteorologista da Somar, o número de queimadas pode aumentar ainda mais nos próximos dias. “Além do clima, temos o fator econômico. Em São Paulo, por exemplo, o mês de julho foi muito chuvoso e atrasou a colheira da cana-de-açúcar. Agora que o tempo voltou a ficar seco na região, as queimadas, que facilitam o corte da cana, virão a todo vapor”, afirma.
Segundo Oliveira, algumas localidades, especialmente do Centro-Oeste, não registram chuva há mais de dois meses. Com a umidade baixa e as temperaturas elevadas, a vegetação fica cada vez mais seca, o que favorece a propagação de queimadas.
Em Mato Grosso, um incêndio já consumiu uma área de aproximadamente 650 km2, o maior registrado este ano no Estado. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) faz o levantamento dos focos de incêndio e envia as informações aos órgãos responsáveis em controlar, fiscalizar ou punir quem pratica as queimadas.
Muitas vezes a fumaça invade as rodovias, colocando em risco a vida dos motoristas, por isso, os policiais recomendam atenção redobrada e que as pessoas avisem as autoridades o mais rápido possível, para que o fogo seja controlado. Além disso, não se deve fazer fogueiras nas proximidades de matas e florestas e nem jogar pontas de cigarros para fora dos veículos.