Rondônia é o estado que mais cresceu em produtividade leiteira nos últimos anos, tornando-se uma importante atividade para os mais de 30 mil produtores rurais.
Fortalecida pelos programas de governo e implementada pela garantia da assistência técnica executada pela Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater), a atividade láctea tem demonstrado grande capacidade de geração de renda e melhoria da qualidade de vida da família rural.
O crescimento rápido e em larga escala demonstrou ainda, grande necessidade de introdução de tecnologias, em especial nas produções em pequenas propriedades da agricultura familiar, a fim de garantir um produto de qualidade e de competitividade mercadológica.
Para discutir essas e outras questões, técnicos e especialistas do segmento leiteiro reuniram-se durante o 2.º Seminário Rondônia Leite, com o objetivo de intensificar a atividade, a fim de que a pecuária leiteira deixe de ter caráter extensivo e passe a ser, cada vez mais tecnificada, produtiva e sustentável.
Realizado no período de 16 a 18 de novembro, em Ji-Paraná, pela Embrapa, em parceria com Emater, Sebrae, Câmara Setorial do Leite e Governo Estadual, através das secretarias de Estado da Agricultura, Pecuária e Regularização Fundiária (Seagri) e de Desenvolvimento Econômico e Social (Sedes), o evento trouxe experiências dos especialistas na produção de leite para apresentar as inovações tecnológicas e alertar para a necessidade de se consolidar a comercialização do leite, em nível nacional. “Produzir é muito fácil, difícil é o resto. Vai ter sucesso quem souber comercializar, quem for bom de negócio”, diz Vicente Nogueira Netto, presidente da Federação Panamericana do Leite (Fepale).
O secretário executivo da Emater, Sorrival de Lima, disse que a pecuária de leite no estado já tem dois capítulos e que eles dividem-se entre o antes e o depois da atual administração estadual. “Através de muita luta, conquista e trabalho nós estamos investindo naquilo que realmente traz retorno para o agricultor”. O secretário fala ainda do grande desafio a ser vencido na atividade. Para ele é preciso garantir a sustentabilidade, ter preocupação com o meio ambiente, mas também é preciso garantir preço para o agricultor e sanar os problemas sociais. “Já se contabiliza mais de um bilhão de pessoas passando fome no mundo e só a agricultura vai conseguir suprir essa necessidade. Nós acreditamos no Brasil, nos nossos técnicos, mas acreditamos ainda mais em nossos agricultores”, diz.
“O Seminário foi dividido em quatro painéis: “Conjuntura da pecuária leiteira no estado”, Produção de leite e Meio Ambiente”, “Recuperação de pastagens na Amazônia” e “Produção de Leite com qualidade”.
Wania Ressutt