Falando para uma plateia de cerca de mil economistas, Serra, lembrou que países do BRIC como China e India se prepararam e estão se preparando para crescer a níveis bem superiores ao Brasil. “Perdemos uma grande oportunidade de baixar a taxa de juros com a crise econômica mundial”, destacou o governador, acrescentando que não há planejamento para o crescimento. “Em nosso país falar em política econômica e desenvolvimento chega a ser subversivo”, acrescentou.
Também falaram na abertura do Congresso, o presidente do Conselho Regional de Economia de São Paulo, CORECON-SP. Antonio Luiz de Queiroz Silva e a vice-prefeita de São Paulo, Alda Marco Antonio. Fizeram parte da mesa o presidente da Ordem dos Economistas do Brasil, Francisco Coelho e o presidente do Sindicato dos Economistas de São Paulo, José Roberto Cunha, entre outros convidados.
“Pires na mão”
O presidente do Conselho Regional de Economia, CORECON-SP, professor Antonio Luiz de Queiroz Silva, disse na abertura do Congresso Brasileiro de Economia que os economistas têm capacidade para ajudar o Brasil a crescer e precisam ser melhor aproveitados, inclusive nas prefeituras e câmaras municipais no interior. No interior de São Paulo, por exemplo “estão atualmente as grandes oportunidades de investimentos e de empreendimentos”.
Os economistas têm ajudado prefeituras a captar as verbas federais e a economizar recursos. “Arrisco a afirmar que se as Prefeituras e Câmaras contassem com serviços de economistas, seria o fim do tradicional pires na mão atrás de verbas”, garantiu o especialista.
O prefeito ou o gestor público não precisa ser perito em economia, na avaliação do presidente do Corecon, para quem “o seu papel é o de representação e gestão do município. Ele precisa estar ancorado em economistas”. O Conselho tem um projeto intitulado “Economistas na Prefeitura”. O profissional “é antes de tudo um pensador com a grande vantagem de operacionalizar seus pensamentos”, frisou.
“Crescimento pífio”
O presidente do Conselho Federal de Economia, Cofecon, Pepeu Garcia, fez coro ao governador do estado de São Paulo em sua análise sobre o crescimento econômico. Comentou que a inclusão dos mais carentes na economia ainda não aconteceu no Brasil “devido ao seu crescimento pífio”. Garcia lembrou que os economistas são cientistas sociais que trabalham pela inclusão da sociedade como um todo na economia do país.