O linfoma é quase um primo da leucemia. É um tipo de câncer que tem origem na transformação dos linfócitos, células responsáveis pela defesa do organismo, importantes para o combate a infecções. Uma alteração nessas células faz com que elas cresçam de modo descontrolado e se multipliquem de maneira errada. Com isso, há um acúmulo de linfócitos nos linfonodos (gânglios do sistema linfático), que ganham tamanho.
Segundo Selmo Minucelli, oncologista do Delboni Auriemo/ DASA, geralmente os linfomas começam nos linfonodos, com o aparecimento de nódulos em qualquer área do corpo em que eles estiverem. É comum que surjam no pescoço, virilha e axilas. Os linfomas também podem se formar em outras partes do corpo, como baço, medula óssea, estômago e fígado.
Minucelli lembra que a detecção é complexa porque o inchaço dos linfonodos pode ser uma reação a, por exemplo, uma infecção. Os sintomas também podem ser mascarados por uma série de fatores. “O uso de anti-inflamatórios, por exemplo, pode diminuir momentaneamente o tamanho dos gânglios, adiando o diagnóstico”, revela o médico.
É comum que esse inchaço seja identificado em exames físicos ou por um raio-X. O diagnóstico é feito por meio de uma biópsia do linfonodo ou do órgão afetado. Em geral, o tratamento é feito com quimioterapia, radioterapia ou uma combinação dos dois procedimentos.