De repente, a mãe, sempre tão atenta, parece apática. O pai não dá mais conta de suas tarefas. O que aconteceu enquanto estávamos trabalhando, cuidando dos filhos, desfrutando o cotidiano? Nossos pais envelheceram. A terceira idade deles pode ser tranqüila e ativa. Mas, talvez, eles sintam, assustados, a fraqueza do corpo e da mente ou enfrentem doenças típicas da fase, como Parkinson e Alzheimer. Em geral, nos recusamos a pensar nesses desdobramentos amargos da vida. Mas é preciso estar preparada para encarar a realidade. Uma das formas é começar agora a planejar o futuro.
Há três perguntas a ser respondida: onde os idosos vão morar quando passarem a depender de ajuda no dia-a-dia? Quem vai estar por perto? Que recursos financeiros estarão disponíveis?
Esses assuntos devem ser discutidos por pais e filhos. Costumam ser conversas delicadas, que requerem muitos sentimentos e rearranjos do cotidiano. Mas adiá-las só faz aumentar as dificuldades. Além disso, o grupo acaba iniciando o planejamento familiar tarde demais.
As conversas têm outro papel importante: unificar informações. Todos passam a trabalhar com as mesmas preocupações, sejam elas sobre o estado de saúde do idoso ou sobre o saldo da conta bancária. Isso é fundamental para evitar atritos quando, no futuro, for preciso dividir tarefas e custos. Se houver um desequilíbrio na divisão, a balança tenderá a pesar para o lado do cuidador principal, quase sempre uma filha.
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