A implantação do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) foi tema de conferência realizada nesta segunda-feira (13), com aproximadamente mil participantes, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
O Sped é composto pelo tripé Escrituração Fiscal digital, Escrituração Contábil digital e Nota Fiscal Eletrônica (NF-e).
O presidente da Fiesp e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Paulo Skaf, afirmou que “tanto o Sped como a NF-e se transformaram em ferramentas de competitividade e de agilização das empresas brasileiras”.
“É preciso incentivo”, pediu José Maria Chapina Alcazar, presidente do Sescon (Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisa no Estado de São Paulo). “As grandes empresas absorvem as novas tecnologias, mas as pequenas e médias precisam de apoio para investir em sistemas de gestão”, avaliou.
“O sistema incentiva o associativismo e fortalece as bases”, foi a análise feita por Paulo Henrique Schoueri, diretor da Central de Serviços (Cser) da Fiesp.
O certo é que até o final deste ano mais de 90 setores da economia vão aderir ao Sped.
Nota Fiscal Eletrônica vai além das obrigações acessórias: opinião é de representante da Secretaria da Fazenda
A Nota Fiscal Eletrônica é um modelo nacional de documento fiscal que substitui a emissão em papel. Ela tornou-se obrigatória a partir de abril de 2008 para alguns setores e, em setembro deste ano, entrarão no sistema mais 54 setores.
A NF-e substitui o formato 1 e 1A e a sua adoção não impacta a atividade comercial das empresas e vai além das obrigações acessórias. A análise foi feita por Clovis Antonio de Souza, agente fiscal de rendas e membro da equipe do projeto Nota Fiscal Eletrônica da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo.
Hoje, quase 8 mil empresas são emissoras de NF-e. No balanço apresentado: mais de 86 milhões de Notas Fiscais autorizadas (até 8/7/2009) e uma média superior a 13 milhões de autorizações mensais.
Sped: entre as vantagens, a validação digital
Márcio F. Tonelli (Auditor Fiscal e Supervisor Técnico do Sped Contábil da Receita Federal do Brasil), ao tratar do Sped Contábil na Conferência, reforçou que a contabilidade permanece a cargo da empresa: “o que o sistema faz é a validação digital dos livros. O Sped deve ser visto como instrumento de gestão”. O Sped Contábil substitui os livros de escrituração mercantil.
À frente do terceiro painel do dia, o Sped Fiscal, Wilson Bento Junior (Agente Fiscal de Rendas da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo) frisou que “se racionalizam recursos em função da padronização, diminuindo o Custo Brasil”.
Outras vantagens apontadas são o incentivo ao uso de relacionamentos eletrônicos entre empresas (B2B), o aperfeiçoamento dos processos internos, inclusive de logística operacional, redução de erros de escrituração e maior competitividade entre as empresas devido à diminuição da concorrência desleal.
O Sped Fiscal é um arquivo digital, reunindo o conjunto de escriturações de documentos e de outras informações importantes para o fisco.
A iniciativa da Conferência sobre Sped e NF-e foi da Central de Serviços (Cser) e do Departamento Jurídico (Dejur) da Fiesp.
Mais informações: há uma cartilha sobre Sped e NF-e disponível no site da Fiesp (http://www.fiesp.com.br/sindical-juridica/cartilha_sped.aspx). Encaminhe eventuais questionamentos para o e-mail: [email protected].