Terminam nesta sexta-feira, 4, as inscrições para a SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, já em funcionamento em São Paulo, no bairro do Brás. A instituição oferecerá oito cursos regulares – atuação, cenografia e figurino, direção, dramaturgia, humor, iluminação, sonoplastia e técnicas de palco, com duração de dois anos. Os cursos serão gratuitos e cada turma terá 25 alunos. Serão oferecidos também cursos livres, de seis meses, nas mesmas habilidades, com 50 alunos por turma. A escola, iniciativa da Secretaria de Cultura, oferecerá 1,2 mil vagas ao ano. Duzentas delas para alunos regulares e as demais destinadas aos alunos de cursos de difusão cultural.
Durante nove meses, a Oficina Amácio Mazzaropi, inteiramente reformada e adaptada para pessoas com deficiência, será sede da SP Escola de Teatro, enquanto outro espaço, na Praça Roosevelt, também passa por reformas para abrigar a escola em definitivo, a partir de agosto de 2010.
No dia seguinte à inauguração, que aconteceu em 25 de novembro, a Escola de Teatro abriu suas portas para o público, com uma movimentada programação cultural que incluiu diversas conferências, exposições e espetáculos, além das inscrições. Destaque para a seleção dos professores.
A animação e o entusiasmo tomaram conta dos primeiros candidatos que foram à Oficina Amácio Mazzaropi, a maioria com alguma experiência na área, como as amigas Nani Cattapreta, Cristina Vilela e Elza de Melo. Nani trabalhou anos em cenografia e figurino, agora quer atuar, enquanto as duas amigas pretendem fazer humor. “São tantas as opções que fiquei na dúvida para decidir entre direção e humor”, diz Cristina.
Já Rogério dos Santos Prado, inspetor de qualidade, gosta de sonoplastia, mas preferiu optar por atuação. Para ele, que fez a Escola Macunaíma, esta é uma oportunidade única de retornar. “Muito positivo uma escola com esse grau de inclusão, principalmente para as pessoas de baixa renda que poderão solicitar bolsa de estudos”. Poderá concorrer à bolsa e receber R$ 545 mensalmente durante o período em que estiver na escola o aluno que estuda ou estudou integralmente em escola pública e que tenha renda de até R$ 1.090 por mês na família.
Jady Peres Fortes, 20 anos, segundo ano de artes cênicas em universidade particular, acompanhada da colega de Faculdade, Andréa Dian Vieira, foi atraída pelos bons profissionais e pela possibilidade de exercer a arte cênica de maneira mais prática. “Sem contar, é claro, o fato de ser gratuito. Vou economizar R$ 1 mil da mensalidade do curso superior”.
Os coordenadores que desenvolveram e pensaram o projeto são pedagogos que trabalham há anos nas suas áreas. Muitos são egressos da Escola de Arte Dramática, de formação clássica, ou da Escola Livre de Teatro de Santo André, outro modelo, e apostam numa formação mais dinâmica. Não queríamos que a SP Escola de Teatro tivesse só um olhar, mas vários, explica Cabral. Por isso, criou-se o eixo temático e operador em que são trabalhados desde o realismo, o épico e o performático, aos quais se juntou o curso de humor.
Os alunos devem percorrer quatro estágios, ou módulos, inspirados nas cores do Metrô: vermelho, amarelo, azul e verde. O curso se fecha em cada bloco desses. Isso significa que o aluno pode escolher o módulo que desejar: começar no vermelho, ir para o verde, o azul e terminar no amarelo.
Serviço
SP Escola de Teatro – Avenida Rangel Pestana, 2.401 – Brás
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 2292-7988
As aulas começam no dia 20 de fevereiro de 2010
Da Agência Imprensa oficial