Palhaços, cantigas de roda, fantasias, canções, tambores e batuques deram as boas vindas ao público na estreia do Teatro Universitário Cláudio Barradas, na última sexta-feira, dia 19. A inauguração do espaço simboliza a consolidação artística e os investimentos estratégicos na área das artes, como canal de divulgação da Amazônia.
“O teatro é um vírus que a gente pega e que, graças a Deus, não tem cura. Com todas as nossas limitações de espaço e falta de meios, a arte feita aqui sempre foi magnífica. Por isso, me sinto honrado e emocionado ao ver nosso antigo sonho se tornar real”, agradeceu o padre Cláudio Barradas.
O diretor do Instituto de Ciências da Arte, Afonso Medeiros, explicou que o nome escolhido para o espaço representa uma geração de artistas, cujas histórias de vida se confundem com as histórias do teatro no Pará e do teatro como ciência na Universidade, como as de Cláudio Barradas, de Maria Sylvia Nunes e de Eri Correia. “Esperamos estar à altura do sonho que vocês nos transmitiram. Aqui se choram, riem-se, sussurram-se e gritam-se todas as mazelas e prazeres do espírito humano”.
Alex Fiúza de Mello, reitor da UFPA, justifica que os investimentos em artes fazem parte de uma visão estratégica da Universidade. “Enquanto a ciência produzida na Amazônia tem dificuldades de se tornar uma referência mundial devido ao seu histórico de atraso tecnológico, no campo das artes, podemos obter um Prêmio Nobel. Por meio das artes, dos filmes, das peças de teatro, das danças, das melodias, dos ritmos e da literatura, podemos, estrategicamente, mostrar a cor, o cheiro e o olhar do amazônida sobre a Amazônia ao mundo”.