Após a apreensão de vacinas falsificadas contra a Influenza A (H1N1), gripe sazonal e tétano em Minas Gerais, na última sexta- feira (9), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou um alerta esclarecendo que a venda de qualquer vacina em farmácias e drogarias é proibida. Conforme a Anvisa, esses produtos são provavelmente falsificados ou de produção clandestina.
A vacina contra a gripe A está sendo distribuída gratuitamente nos postos de saúde brasileiros. E os cidadãos que não estão na faixa etária coberta pela campanha do Ministério da Saúde podem adquirir a vacina, mas somente em hospitais e clínicas privadas autorizadas pela vigilância sanitária. Essas instituições poderão oferecer as vacinas monovalente (imuniza contra o vírus H1N1) ou trivalente (imuniza contra os vírus H3N2, Brisbane e H1N1) que já tenham a aprovação da Anvisa e preço definido. Até o momento, apenas a vacina trivalente do laboratório Solvay Pharmaceuticals passou por essas etapas. As monovalentes produzidas pelos laboratórios Sanofi-Pasteur e GlaxoSmithKline já foram aprovadas, mas os fabricantes ainda não solicitaram os preços para a comercialização.
Vacinação
A vacinação contra a gripe H1N1 atingiu a marca de 20 milhões de pessoas imunizadas. O número revela o resultado do “Dia Nacional de Vacinação contra a Gripe H1N1”, promovido pelo Ministério da Saúde, estados e municípios, no sábado (10). Os 36 mil postos de vacinação do País abriram para atender às pessoas que ainda não tinham se imunizado. “Foi uma iniciativa extremamente positiva. Em dois dias, o número de pessoas vacinadas no sistema de informações cresceu em mais de 7 milhões.”, afirmou o ministro José Gomes Temporão.
O que fazer
Quem recebeu a aplicação das vacinas falsificadas deve procurar o atendimento médico para que sejam monitoradas as reações. Ainda não foi conhecida a composição dos produtos. As vacinas podem não causar efeito nenhum, mas também reações mais graves. Segundo a Anvisa, as farmácias e drogarias só podem aplicar vacinas quando participarem de campanhas públicas de vacinação, caso em que não pode haver cobrança, nem pelo produto nem pelo serviço prestado. Denúncias podem ser feitas à vigilância sanitária mais próxima ou encaminhadas à Anvisa, pelo telefone 0800 642 9782.