Estamos em pleno inverno no Hemisfério Sul, mas diariamente o Brasil registra temperaturas bem diferentes de uma Região para outra. E não é para menos, diferente de alguns países da Europa, por exemplo, que possuem um território bem menor e condições do tempo semelhantes por toda extensão em cada estação do ano; o Brasil é tão grande, que as Regiões possuem padrões climáticos bem distintos ao longo dos meses.
Na quarta-feira (17), essa diferença ficou evidente mais uma vez. Por volta das 15h horas, algumas estações meteorológicas espalhadas pelo país registraram a tarde mais fria do ano e outras tiveram recordes de calor. Na Região Sudeste, os termômetros do aeroporto do Galeão, na cidade do Rio de Janeiro, não passaram dos 21,2°C e em Petrolina, em Pernambuco, a máxima foi de 26°C, os valores mais baixos deste ano. Por outro lado, recorde de calor, com termômetros chegando aos 39,3°C em Floriano, no Piauí e a 37,8°C em Matupá, no mato Grosso.
Entre as Capitais, o frio tomou conta do Sul e do Sudeste, com temperaturas máximas abaixo dos 24°C, sendo que em Curitiba o valor não passou de 14,5°C. Já no Centro-Oeste, Norte e Nordeste, o calor predominou, sendo que Palmas teve a temperatura mais alta entre as Capitais: 37,9°C. Apenas em Aracaju, Salvador e Brasília a terça-feira não foi tão quente e os valores ficaram abaixo dos 27°C.
De acordo com os meteorologistas da Somar, aos poucos as temperaturas entram em elevação em todo o Brasil. A partir da próxima segunda-feira (23), os modelos de previsão indicam máxima de até 31°C em algumas cidades do Rio Grande do Sul e do Paraná e entre 34°C e 39°C nas Regiões Norte, Centro-Oeste, Nordeste e no interior dos Estados de São Paulo e de Minas Gerais (no Sudeste, especificamente, a máxima não passa dos 34°C).
No entanto, os dias ainda serão marcados por grandes amplitudes térmicas (frio pela manhã e calor no período da tarde) no Sul e no Sudeste. “A próxima onda de frio chega apenas no fim do mês, atingindo preferencialmente a Região Sul, inclusive as três Capitais”, conta o meteorologista Celso Oliveira.