Em palestra durante o 28º Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo, Professor titular da Universidade Federal do Paraná ensina as principais condutas que os pacientes devem fazer após um traumatismo dental. Acidentes envolvendo batidas e fraturas nos dentes são muito comuns, principalmente, em crianças e adolescentes. A partir dos seis anos, quando a dentição é definitiva, a proporção de crianças que sofrem algum tipo de trauma é de 15% e é provocada por quedas e esportes radicais ou de contato. Durante a palestra “Atendimento imediato do traumatismo dental”, realizada nesta segunda-feira (1/02) durante o 28º Ciosp – Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo, o professor titular da Universidade Federal do Paraná, Luciano Loureiro de Melo, explicou a importância do atendimento imediato e as condutas que podem ser feitas tanto pelos profissionais, quanto pelos pacientes.
De acordo com este especialista, o número de horas entre o momento do trauma e o atendimento feito pelo dentista é de extrema importância para o tratamento da lesão. Quanto mais tempo o paciente levar para procurar um profissional, mais demorada e trabalhosa será sua recuperação. Após a queda ou a batida, inicia-se um processo de reabsorção do dente, pois o organismo age como se este fosse um elemento estranho ao corpo. Dependendo do traumatismo, que pode ter até quatro diferentes intensidades, esse processo é muito mais rápido e se nenhuma conduta for feita, o paciente corre o risco de perder o dente.
Caso haja fratura ou até extração de todo o dente, o professor ensina que o melhor método de conservação é mantê-lo em um recipiente com leite comum. O alimento é capaz de conservar o dente por até 6 horas. Caso não tenha o produto ao alcance, a segunda melhor opção é deixá-lo dentro da boca, pois a saliva, apesar do risco de contaminação, ajuda a manter a estrutura dentária preservada por até 2 horas. “Nada de embrulhar o dente ou colocá-lo na água porque, por incrível que pareça, ela desidrata o dente”, explica o especialista.