Carnaval SBT – Em 2010, a TV Aratu, afiliada do SBT, é a emissora oficial do Carnaval da Bahia com o slogan “Aratu Folia 2010. Eletrizou Geral”. Artistas do SBT já confirmaram presença em Salvador neste que é o maior espetáculo do planeta. Eliana, André Vasco, Toni Garrido e Yudi Tamashiro vão curtir os dias de festa em Salvador, onde está sendo preparada uma mega estrutura para levar a todo o Brasil a festa onde quer que ela esteja.
Em 2010, a TV Aratu, afiliada do SBT na Bahia, é a emissora oficial do Carnaval de Salvador! Você que gosta da festa não pode deixar de saber de onde surgiu esse que é um dos maiores eventos do planeta!
A origem do carnaval tem início em uma manifestação popular anterior à era cristã, tendo se iniciado na Itália, com o nome de Saturnálias – festa em homenagem a Saturno. A origem da palavra carnaval tem várias versões. No dialeto milanês, Carnivale quer dizer “o tempo em que se tira o uso da carne”, já que o carnaval é a noite anterior à quarta-feira de cinzas.
Entrudo
No século XVII, os portugueses trouxeram o Carnevale para o Brasil, mas com o nome de entrudo, introdução da quaresma, festa em que tudo era permitido, uma espécie de abuso da carne. Tinha uma característica essencialmente gastronômica e marcada por uma diversão, de certa forma, violenta. Bolas de cera bem finas eram preenchidas com água de cheiro. Elas eram jogadas nas pessoas, não importando se eram crianças, idosos ou doentes. Alguns foliões colocavam dentro das ‘laranjinhas’ substâncias com cheiro desagradável. Na segunda metade do século XIX, o entrudo passou a ser reprimido, mas as ‘laranjinhas’ continuavam existindo.
Baile de Máscaras
Para acabar com as brincadeiras agressivas do entrudo, uma comissão formada por paróquias e policiais distribuíram máscaras, cordas de bandeirinhas e arcos de papéis coloridos entre os foliões. Também providenciaram bandas de música, e daí surgiam os bailes de máscaras. Com o surgimento do bando anunciador, o carnaval ganhou mais espaço e popularidade. O bando saía pelas ruas da cidade, convidando as pessoas para os festejos. Surgiram palanques e bandas de música e também clubes uniformizados, como o “Zé Pereira”, “Os Comilões” e “Os Engenheiros”. Eles costumavam se fantasiar com cabeçorras e outras máscaras. Com o crescimento das comemorações, o Campo Grande passou a ser o lugar de encontro dos mascarados e dos bandos, de onde eles seguiam para a festa.
Primeiro carnaval de rua
O primeiro grande carnaval de rua de Salvador aconteceu em 1884. A cidade tinha cerca de 170 mil habitantes. Na verdade, o que aconteceu foi uma festa tipicamente européia, com influências do carnaval de Veneza. Neste ano, saiu pela primeira vez o clube de carnaval Cruz Vermelha, com um cortejo de moças e rapazes vestidos a rigor. O Cruz Vermelha inovou com a presença de um carro alegórico, que trazia o tema “Crítica ao jogo da loteria”. Em março de 1884, nasce o Fantoches da Euterpe, com representantes da alta sociedade.
Os primeiros Afoxés
Em 1885, os negros nagôs organizaram o primeiro afoxé: o “Embaixada Africana”, que desfilou com roupas e objetos de adorno importados da África. Os Afoxés desfilavam na Baixa dos Sapateiros, no Taboão, na Barroquinha e no Pelourinho. Os grandes clubes desfilavam em áreas mais nobres.
Trio Elétrico – 60 anos
Após observarem o desfile da famosa “vassourinha”, entidade carnavalesca de Pernambuco que tocava frevo na Rua Chile, e empolgados com a receptividade do bloco junto ao público, a dupla formada por Adolfo Antonio Nascimento, o Dodô, e Osmar Macêdo resolveu restaurar um velho Ford 1929. No carnaval, a dupla saiu pelas ruas da cidade, tocando seus “paus elétricos” em cima do carro, com o som ampliado por alto-falantes, arrastando uma multidão pelas ruas do centro. Orlando Campos teve a idéia de adaptar à carroceria de um caminhão a plataforma de madeira, em cima da qual os músicos tocariam. Quatro anos depois, acrescentou estrutura metálica, luminárias e potentes caixas de som, criando assim o modelo atual de trio que desfila pelas ruas de Salvador.
Axé Music – 25 anos
Tudo começou sob a influência dos tambores dos Afoxés e Afros. Em meados da década de 70, a Bahia via surgir o Ilê Ayiê e o Badauê, e acompanhava entusiasmada o renascimento do Filhos de Gandhy, juntamente com o Olodum e o Muzenza. Em meados dos anos 80, bandas como o Chiclete com Banana e cantores como Luiz Caldas já partiam para a gravação de lp’s, utilizando a batida dos tambores na composição de suas músicas.
Em 1985, um feito histórico iria reverter este quadro. A canção “Fricote”, composta por Paulinho Camafeu e interpretada por Luiz Caldas, explodiu na mídia do Sul e Sudeste do país e fez com que o gênero denominado “Axé Music”, fazendo com o Brasil despertasse para a música que estava sendo produzida no nosso estado. Caldas e a banda Acordes Verdes, que tinha Carlinhos Brown como um dos percussionistas, abriram as portas da indústria fonográfica nacional para os baianos, e ajudaram a deixar em evidência nomes como Sarajane (“Abre a Rodinha”), Gerônimo (“Eu sou negão”), Banda Reflexus (“Madagascar”), Banda Mel (“Faraó”), e tantos outros.
A Axé Music rompeu uma estrutura sólida e foi responsável pela mistura de diversos estilos musicais e rítmicos. Quebrando conceitos e preconceitos, ao fazer o público dançar, o axé influenciou toda uma geração, seu modo de vestir, de se comportar. Sem falar no impulso econômico que deu à economia baiana. Através do lançamento e da venda de milhares de cd’s, da atração de turistas, da geração de empregos e do crescimento do carnaval de Salvador.