A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) avalia que o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do País em 2009 comprova a necessidade de o Brasil avançar urgentemente em uma reforma tributária, voltada à desoneração das forças produtivas. O desempenho negativo em 0,2%, apresentado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fruto dos efeitos da crise financeira mundial sobre o País, só não foi pior graças, em parte, às medidas de desoneração tributária promovidas pelo governo. Portanto, quando há qualquer tipo de redução de impostos, o setor comercial responde de maneira imediata, repassando o benefício ao consumidor, fazendo com que toda a cadeia produtiva se beneficie.
Sustentam essa análise os dados anuais das vendas varejistas, com crescimento real em torno de 5%, muito além dos demais setores produtivos. Entendemos que os benefícios de desoneração fiscal evitaram uma reversão de expectativas das famílias quanto a real magnitude dos efeitos da crise internacional, mantendo o consumo em patamares aceitáveis durante o momento mais turbulento do ano passado, no primeiro semestre. O nível de confiança dos consumidores seguiu crescente, também como consequência da estabilidade nos indicadores de emprego e no aumento da renda real, criando um ambiente favorável à manutenção do nível de consumo interno. Assim, a demanda das famílias subiu 4,1% em 2009, o sexto ano consecutivo de elevação.
O terremoto financeiro global demonstrou que o Brasil vive uma nova era, muito menos vulnerável às crises internacionais, fato que reforça nossas responsabilidades em manter o País no rumo correto e consolidar as imensas conquistas obtidas em pouco mais de uma década. Essa consolidação passa, portanto, pelo enfrentamento das reformas estruturais tão desejadas, entre as quais a reforma tributária é a mais importante.
São Paulo, 11 de março de 2010.
Fecomercio – Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo
Sobre a Fecomercio
A Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Representa empresas e congrega 153 sindicatos patronais, que abrangem mais de 600 mil companhias que respondem por 11% do PIB paulista – cerca de 4% do PIB brasileiro – gerando em torno de cinco milhões de empregos.