Conhecimento fundamental para o exercício da profissão de engenheiro agrônomo, a interpretação de análises de solo para determinar medidas de correção e incremento de fertilidade foi tema de cursos realizados nas últimas semanas na Embrapa Rondônia, em Porto Velho. Estudantes universitários tiveram a oportunidade de conhecer o funcionamento de um laboratório de análises de solos e de fazer na prática recomendações com base nos laudos técnicos.
Doutor em Ciência do Solo, Alaerto Luiz Marcolan, um dos responsáveis pelo curso, explica que o profissional da área que pretende atuar na Amazônia e particularmente em Rondônia, precisa estar atento aos níveis de acidez do solo. “Em geral, os solos do Estado apresentam elevada acidez e precisam ser corrigidos”, afirma o pesquisador da Embrapa, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Os pesquisadores recomendam o uso de calcário para elevar o pH do solo e reduzir a acidez. A medida, no entanto, precisa ser tomada com base na análise de solos, feita em laboratório. Os indicadores que fazem parte do laudo da análise de solos permitem determinar a quantidade de calcário necessária, de acordo com a cultura a ser adotada.
Corrigir a acidez significa melhorar a qualidade do solo para as plantas em diversos aspectos. O calcário fornece Cálcio e Magnésio, além de facilitar a disponibilidade de Fósforo e aumentar a eficiência dos fertilizantes. Ao mesmo tempo, diminui os efeitos tóxicos do Alumínio e do Manganês. Tudo isso contribui para a produtividade das culturas.
O laudo de análises de solo também é subsídio para a adubação da área. Com ele é possível saber, por exemplo, a carência de elementos essenciais para as plantas, como Nitrogênio, Fósforo e Potássio. Os cursos fazem parte das atividades do projeto “Sistema Plantio Direto: alternativa de produção sustentável para recuperação de áreas alteradas na Amazônia”.