Não há interação entre universidade e empresas em inovação e a maioria das empresas desconhece a oferta de apoio tecnológico pelas instituições do setor. O diagnóstico foi apresentado nesta terça-feira, 14 de setembro, no Seminário Internacional sobre Sistemas Regionais de Inovação, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)..
O estudo, realizado pela consultoria Elabora a partir de pesquisa em 60 empresas de Alagoas, Paraíba, Minas Gerais e Santa Catarina, revela ser clara a percepção das empresas, independente do tamanho delas, sobre a necessidade de inovar processos e produtos. Constata, contudo, que a maior parte, especialmente as de pequeno porte, não tem condições de elaborar projetos para obter assistência tecnológica.
Segundo o diagnóstico, dos quatro estados pesquisados, Santa Catarina é onde há maior demanda das empresas por apoio à inovação. No pólo oposto está Alagoas. Nos dois estados e em Minas Gerais e Paraíba, a CNI e o BID, com parcerias da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento, implantarão projeto-piloto para integrar as ações das instituições de apoio à inovação.
O gerente-executivo de Cooperação Internacional da CNI, Renato Caporali, informou que serão aplicados R$ 1,6 milhão no projeto. “Vamos criar estruturas permanentes para o diálogo com as empresas. Essas estruturas evitarão a superposição de iniciativas e desperdício de esforços e recursos das instituições e agentes que lidam com inovação. Haverá mais foco nas demandas das empresas”, assegura Caporali.
O diretor de operações da CNI, Rafael Lucchesi, ressaltou no seminário a importância da inovação para as empresas. Informou que a CNI está estimulando a instalação, nas federações de indústrias dos estados, de núcleos locais de inovação. Dois deles já foram criados, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.