Uma mulher grávida sabe que durante a gestação alguns cuidados devem ser tomados. Evitar alguns alimentos, que são fontes de altas calorias, e cuidar da saúde do corpo é a melhor forma para garantir uma gravidez tranquila para a mamãe e para o bebê. Mas, e a saúde bucal? O que fazer para que a futura mamãe possa garantir uma boa saúde ao filho desde a barriga cuidando da boca? Quem responde a essas dúvidas é a Dra. Fátima Caldeira, do SPA Dental, localizado em São Paulo.
A profissional começa dizendo que diferentemente do que muita gente pensa a gestante pode sim receber tratamento odontológico. “Em qualquer idade gestacional, ela poderá ser atendida, embora o segundo trimestre (3º ao 6º mês de gestação) seja o momento mais oportuno, porque nessa fase, ela se encontra num período de maior estabilidade”, diz Dra. Fátima.
A especialista também lembra que durante a gravidez ocorrem algumas alterações que podem levar a problemas dentais ou gengivais. Os mais comuns são: gengivite gravídica, devido ao aumento dos hormônios progesterona e estrógeno; a presença de náuseas e vômitos frequentes pode afetar o esmalte dos dentes, devido ao aumento da acidez bucal e também o que é conhecido como “secura de boca”. “Esse problema muito comum durante a gravidez, conhecido também como Xerostomia, pode ser amenizado através do aumento do consumo de água, balas ou gomas de mascar sem açúcar”, explica.
Sobre o uso da anestesia, a doutora diz que não existem riscos, desde que o efeito dos anestésicos e as alterações que ocorrem durante a gravidez sejam de conhecimento do dentista responsável pelo tratamento. “As gestantes podem apresentar uma elevação da pressão arterial e isso deve ser levado em conta. O dentista junto com o ginecologista deverá escolher o anestésico apropriado”.
E quando as mães são orientadas a terem uma alimentação balanceada não é à toa. A gestante tem que consumir produtos constituídos por diferentes grupos de alimentos, entre eles, carne, frutas, legumes, verduras, cereais, leite e seus derivados. “A saúde bucal da mãe é muito importante, pois segundo estudiosos da Universidade do Alabama, nos Estados Unidos, uma vez na circulação as bactérias que vivem num sorriso mal conservado disparam reações químicas que apressam o parto”, diz. “Se os cálculos forem precisos, uma gengivite aparentemente simples consegue aumentar em até sete vezes as chances de uma mãe ganhar um bebê prematuro”, completa a especialista.
A doutora Fátima também lembra que a saúde bucal da mãe tem tudo a ver com a saúde bucal da criança. Os pais, particularmente a mãe, determinam muito o comportamento que os filhos adotarão para ter uma higiene bucal adequada, pois é a partir do 4º mês de vida intra-uterina que começa a se desenvolver o paladar do bebê. Portanto, a alimentação da gestante será responsável pelas preferências alimentares da criança após o nascimento.
E não esqueça: Para se evitar problemas dentais durante a gravidez é necessário uma higiene bucal apropriada e isso só será possível com o acompanhamento de um profissional.
Dra. Fátima Caldeira