Cada vez mais prevalente em pessoas com mais de 65 anos, a artrite reumatoide impacta significativamente a rotina dos pacientes
Dores, aumento da temperatura e inchaço nas juntas, além de danos nas articulações são sintomas da artrite reumatoide (AR). Muito prejudicial à qualidade de vida dos pacientes, esse tipo de doença inflamatória e crônica teve a prevalência entre os idosos aumentada nos últimos anos.
“Em pessoas acima dos 65 anos, estudos apontam uma prevalência de até 4,5% de artrite reumatoide”, explica Antônio Carlos Ximenes, presidente para a Liga Pan-americana de Associações de Reumatologia (PANLAR). Esse percentual tem demonstrado um aumento em relação à prevalência nos mais jovens, na faixa dos 20 aos 40 anos, em que a doença acomete de 1% a 2% da população. Entre as possíveis razões para o aumento de pacientes com AR entre os idosos está o crescimento da população senil (com mais de 65 anos). “Com a idade mais avançada, há diminuição da capacidade imunológica”, diz Ximenes. “É uma característica do indivíduo nesta faixa etária”, complementa.
Há ainda outros fatores que podem contribuir com o desencadeamento da AR, como tabagismo e hormônios – esses últimos, aliás, contribuem com que a doença seja duas vezes mais comum em mulheres do que em homens. A AR causa danos irreversíveis às juntas e articulações ao longo do tempo e, dependendo do grau de acometimento, pode provocar incapacidade.
Mas os prejuízos podem ser evitados, pois “apesar de ainda não sabermos exatamente as causas da artrite reumatoide, conhecemos bem os mecanismos dessa doença inflamatória crônica”, esclarece Ximenes. Isso contribui para a aplicação de terapias que podem controlar a AR e impedir sua evolução, proporcionando qualidade de vida aos pacientes. Entre os tratamentos aplicados, há medicamentos sintomáticos, como os anti-inflamatórios; as drogas modificadoras da progressão da doença (DMARDs) e, mais recentemente, chegaram os biológicos – que atuam bloqueando proteínas que estimulam o processo inflamatório crônico da AR.
É importante lembrar que existem mais de cem tipos de artrite, entre elas a AR, e cada uma tem um curso e um grau de acometimento diferente – sendo que os pacientes demoram de seis meses a dois anos para receber o diagnóstico correto. Um aliado para descobrir e acompanhar a progressão a doença é o raio-x, pois as lesões nas juntas causadas pela doença são evidentes em 70% do pacientes que fazem o exame nos primeiros dois anos de acometimento1. Outra forma eficaz de diagnosticar a doença é por meio da ressonância magnética, que consegue detectar mudanças na estrutura das juntas a partir de dois meses de estabelecimento da artrite reumatoide2.
Mesmo quando a AR se manifesta tardiamente, como nos idosos, é preciso descobri-la ainda em fase inicial. “Quanto mais precoce o diagnóstico, melhor o prognóstico”, alerta Ximenes. Assim, quanto antes ele acontece, mais cedo se inicia o tratamento e a interrupção na progressão da artrite, evitando que os sintomas prejudiquem excessivamente a qualidade de vida do paciente.
Referências:
1. Lee DM, Weinblatt ME. Rheumatoid arthritis. Lancet. 2001;358:903-911
2. Weaver AL. The Impact of new biologicals in the treatment of rheumatoid arthritis. Rheumatology. 2004;43(Suppl.3):iii17-iii23
Pfizer
Considerada uma das empresas mais diversificadas do setor farmacêutico, a Pfizer descobre, desenvolve, fabrica e comercializa medicamentos de prescrição e de consumo para Saúde Humana e Animal. A companhia oferece opções terapêuticas para uma variedade de doenças em todas as etapas da vida, com um portfólio que engloba desde vitaminas para gestantes e vacinas para bebês, até medicamentos para doenças complexas, como dor, câncer, tabagismo, infecções e doença de Alzheimer. Entre seus produtos, destacam-se Lípitor, Enbrel, Viagra, Sutent, Lyrica, Champix, Eranz, Centrum, Pristiq, Zyvox, Advil e a vacina Prevenar. Fundada em 1849 e instalada no Brasil desde 1952, a Pfizer é a indústria que mais investe em pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos, a partir de parcerias com profissionais de saúde, hospitais, governos e comunidades em todo o mundo. A companhia também mantém e acompanha projetos sociais voltados para educação e saúde no país.