“Tá sujo mano?”, indagaram os colegas de cela de G.B., detento do pavilhão A do presídio Agenor Martins de Carvalho, em Ji-Paraná, quando foi chamado pelas servidoras da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) para fornecer os dados para obter o resultado do teste rápido para HIV. A testagem voluntária foi realizada hoje pela manhã naquela unidade prisional.
Cem testes rápidos de detecção do vírus da Aids foram realizados no presídio, sendo que destes, nenhum resultou positivo para a doença.
“Este é o primeiro trabalho dessa natureza que realizamos aqui no presídio e ficamos surpresas não só com os resultados, mas também com a cooperação e o interesse dos apenados em fazer o teste”, disse a psicóloga Cleonice Virgulino, servidora do Serviço de Atendimento Especializados em Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (SAE DST/AIDS), capacitada pelo Ministério da Saúde na aplicação do teste anti-HIV.
Segurança
“É importante fazer o teste, até porque dá um pouco mais de segurança para quem está aqui dentro, afinal, não é só na relação sexual que se pode pegar a doença”, opinou o detento V.M.
“Pra mim, que sou casado, é importante mostrar esse resultado para minha mulher quando ela vier me visitar”, explicou outro apenado do pavilhão B.
Além dos testes rápidos, o SAE deixou preservativos com a direção do presídio para distribuição entre os detentos e informou, durante a aplicação dos testes, como evitar a contaminação pelo vírus HIV.
Como a adesão ao teste rápido foi boa, mais testes rápidos serão realizados no presídio Agenor Martins na próxima semana para cobertura total da população carcerária.