O evento, organizado pelo Departamento de Oftalmologia da UNIFESP, será realizado nos dias 5 e 6 de março, no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo, e reunirá as maiores autoridades mundiais em inovações no tratamento de doenças oculares.
Com o tema A Visão do Futuro, o XXXIII Simpósio Internacional Moacyr Álvaro (SIMASP), realizado pelo Departamento de Oftalmologia da UNIFESP, abre a agenda de eventos da área oftalmológica em 2010 com ênfase em inovação.
Entre as inovações que serão apresentadas, terá destaque o uso da toxina botulínica (popularmente conhecida como Botox) na medicina, especialmente no tratamento do estrabismo e na plástica ocular. Por conta da relevância do assunto, o SIMASP 2010 fará uma homenagem ao Dr. Alan Scott, pesquisador renomado internacionalmente e um dos pioneiros a desenvolver e utilizar a molécula da toxina botulínica no tratamento não cirúrgico do estrabismo. Scott será agraciado com a medalha Moacyr Álvaro pelas importantes contribuições científicas prestadas à humanidade nessa área do conhecimento.
O Simpósio também abordará os novos lasers para tratamento do ceratocone (laser Crosslinking), das doenças da retina (laser Pascal) e no transplante de córnea (laser Femtosecond); novos aparelhos de imagem; novas drogas para uveítes; inovações em instrumentos para cirurgias de retina sem sutura e novas opções de lentes multifocais intra-ocultares para tratamento da catarata.
De acordo com Mauricio Maia, presidente do SIMASP 2010 e professor da UNIFESP, uma das doenças da retina que podem ser tratadas com o laser Pascal, a retinopatia diabética, entre 20% e 30% das pessoas com diabetes e que pode levar à cegueira se não tratada adequadamente. O novo laser, além de causar menos desconforto ao paciente, reduz a quantidade de aplicações para menos da metade e o tempo de cirurgia, de 10 minutos, para cerca de 30 segundos. Já o laser Crosslinking, impede a progressão do ceratocone, distrofia mais comum da córnea, que afeta uma a cada mil pessoas em todo o mundo e que também pode levar à perda da visão. No Brasil, somente a UNIFESP possui esses equipamentos.
Além de palestras, durante o evento serão organizados os “wet labs”, que servirão para que os profissionais da área experimentem os novos equipamentos disponíveis no mercado e pratiquem novas técnicas cirúrgicas.
Participação de peso
Entre alguns dos 25 palestrantes internacionais confirmados estão Fernando Arevalo, uma das grandes lideranças latino-americanas, com participação expressiva no Grupo PACORES (Pan-American Collaborative Retina Study Group) que reúne grandes especialistas em retina e vítreo da America Latina; Mark J. Mannis, considerado hoje, um dos maiores especialistas em transplante de córnea e cirurgia refrativa; Richard Hoffman, um dos profissionais com maior experiência no mundo em cirurgia de catarata com lentes multifocais; Leon Ellwein, um dos mais importantes consultores em saúde pública ocular do NIH (National Institute of Health); e Eduardo Alfonso, reconhecido especialista em doenças infecciosas e microbiologia ocular e que, há alguns anos, trabalha no desenvolvimento de uma córnea artificial. Alfonso acredita que, nos próximos três anos, um protótipo já esteja disponível para ser testado em humanos. Também estará presente Roger Steinert, presidente da Associação Americana de Cirurgia Refrativa e Catarata.
Inclusão social
No sábado, 6 de março, a partir das 14 horas, será realizado o fórum Olhos Para a Cidadania, coordenado por Rubens Belfort Jr, professor titular do Departamento de Oftalmologia da UNIFESP e presidente do Instituto da Visão.
O fórum, aberto ao público, discutirá as novidades na reabilitação física de pessoas com deficiência visual, além de temas sobre inclusão social, direito, responsabilidades e cidadania. Também serão abordadas medidas que permitam o acesso dos habitantes aos benefícios completos da vida urbana, na forma de uma cidade inclusiva, como biblioteca móvel, Poupa Tempo com terminais acessíveis, ocupação irregular de calçadas, acessibilidade à educação e o Mapa Táctil.
O evento pretende sensibilizar oftalmologistas e a sociedade civil e terá a presença de importantes personalidades brasileiras, como o desembargador Ricardo Fonseca, primeiro desembargador deficiente visual do país, deputados e, possivelmente, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.
cing> AS0 h ital do PET-Saúde – Vigilância em Saúde será assinado durante a cerimônia, em Brasília, juntamente com as portarias que instituem os programas. O prazo para as universidades apresentarem propostas vai até 30 de abril de 2010, com resultados previstos a partir do dia 15 de maio. As informações sobre edital e processo seletivo do Pró-internato estarão disponíveis em breve na página eletrônica www.saude.gov.br/sgtes.
SAIBA MAIS SOBRE O PET-SAÚDE
O PET-Saúde – Vigilância em Saúde foi inspirado na experiência do PET Saúde – Saúde da Família, que teve mais de 51 mil bolsas financiadas em 2009 e concederá mais de 100 mil entre 2010 e 2011 para atividades e pesquisas na área de Atenção Básica. A educação pelo trabalho, o conceito-chave do projeto, é uma das estratégias do Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde, o PRÓ-SAÚDE, em implementação no país desde 2005. O PET-Saúde foi inspirado no Programa de Educação Tutorial – PET do Ministério da Educação e tem como fio condutor a integração ensino, serviço e comunidade. O programa é resultado de parceria entre as secretarias de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) e de Atenção à Saúde (SAS), do Ministério da Saúde, e a Secretaria de Educação Superior (SESU), do Ministério da Educação.
Veja temas prioritários para desenvolvimento de estudos no PET-Saúde – Vigilância em Saúde:
– Perfil da população local relativo a nascimentos, adoecimentos e mortes;
– Ocorrência de doenças transmissíveis, não-transmissíveis e de agravos a saúde, tais como doenças endêmicas e epidêmicas, violência, acidentes de trânsito e acidentes de trabalho;
– Situação dos determinantes sociais da saúde e das desigualdades e em saúde;
– Análise de desempenho e monitoramento dos serviços de saúde;
– Análise dos fatores de risco e proteção a saúde da população;
– Análise dos riscos ambientais a saúde e qualidade de vida da população;
– Análise e monitoramento de situações que configurem emergências epidemiológicas com risco à população;