O INBRAVISA – Instituto Brasileiro de Auditoria em Vigilância Sanitária informa que ainda este ano, a compra de antibióticos só poderá ser feita mediante a apresentação de uma receita que será retida na farmácia ou drogaria. A proposta será submetida a consulta pública pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária no máximo até o fim de abril, e a previsão é que ela entre em vigor em setembro. Nesse período, serão discutidos os termos e a forma de implantação da proposta.
Atualmente, a regra determina apenas que o paciente apresente a receita, mas ele pode ir embora com ela. Mesmo essa exigência, porém, costuma ser descumprida, e o medicamento é vendido sem prescrição
Esse foi um dos motivos que levaram o órgão a propor regras mais rígidas para a comercialização de antibióticos. O outro é evitar a automedicação e o uso incorreto, que podem acabar tornando as bactérias resistentes aos medicamentos e dificultar o tratamento de algumas doenças e infecções.
“Sou totalmente a favor do controle, pois o Brasil tem o perfil bem peculiar de resistência a algumas bactérias, que não existe em nenhum outro lugar do mundo”, explica Rui Dammenhain , especialista em vigilância sanitária, e diretor do INBRAVISA.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 50% dos pacientes tomam antibiótico apenas por um dia, o que indica uma baixa adesão ao tratamento. Isso pode tornar a bactéria mais resistente a esse tipo de medicamento.
Farmácias e drogarias serão obrigadas a registrar os dados relativos a cada venda, como a quantidade e o nome do médico que prescreveu, como já acontece, por exemplo, com emagrecedores.
Gerência de Comunicações – INBRAVISA