O Ministério da Saúde reforçará, a partir desta sexta-feira (4 de fevereiro), sua estratégia de comunicação para o enfrentamento da dengue. Mensagens de texto com orientações para combater a doença serão enviadas para todos os celulares de pessoas residentes em 36 municípios de 11 estados.
Os torpedos serão enviados para os 24 municípios em situação de risco de surto, apontados pelo alto índice de larvas do Aedes aegypti, e mais 12 cidades que apresentaram incidência igual ou maior que 200 casos de dengue por 100 mil habitantes no último trimestre de 2010 (lista abaixo).
No total, a população residente nesses 36 municípios chega a 6,2 milhões de pessoas. Os torpedos serão enviados para usuários de todas as operadoras e terão foco em informações sobre como manter residências e locais de trabalho livres do mosquito transmissor. A mensagem alertará sobre o risco de surto na região onde a pessoa mora e terá como complemento a frase “Cuide da sua casa, fale com seus vizinhos. Se você agir, podemos evitar a doença/.
A estratégia já foi adotada anteriormente pelo Ministério da Saúde, em campanhas da dengue e da gripe H1N1. Por ser mensagem de utilidade pública, o ministério tem autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) para fazer o alerta chegar a todos os celulares disponíveis, sem configurar spam.
“A intenção é que as ações sejam anteriores a uma eventual epidemia. Daí a escolha do parâmetro de incidência média para inclusão do município”, explica o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério, Jarbas Barbosa. “Ao longo do verão, outros municípios poderão ser incluídos nesta estratégia, com base no cenário epidemiológico, ou seja, nas notificações de casos suspeitos de dengue”.
De acordo com o último Levantamento do Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), divulgado em dezembro do ano passado, 24 municípios apresentaram larvas do mosquito em mais de 3,9% dos imóveis pesquisados, indicando risco de surto.
O Ministério da Saúde considera três níveis de incidência de dengue para classificar a doença em relação à população. A incidência é baixa quando há até 100 casos por 100 mil habitantes. De 100 a 300 casos por 100 mil habitantes, a incidência é média. A partir de 300 casos por 100 mil habitantes, alta – podendo indicar epidemia.