Agência FAPESP – Um levantamento feito pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo aponta que, em média, 106 pessoas são internadas por dia em hospitais públicos do Estado de São Paulo com acidente vascular cerebral (AVC) ou acidente vascular encefálico (AVE).
Em 2010, houve 38,9 mil internações por AVC no Sistema Único de Saúde (SUS) paulista, número acima das 36,1 mil registradas no ano anterior.
De acordo com a Secretaria, pacientes com mais de 70 anos são os mais acometidos pela doença no estado, com 15,9 mil internações em 2010. A segunda faixa etária com mais hospitalizações é a de 50 a 59 anos, com 7,3 mil registros. Já as pessoas entre 30 e 49 anos responderam por 5,5 mil internações em 2010.
Segundo Reinaldo Teixeira Ribeiro, neurologista do AME (Ambulatório Médico de Especialidades) “Dr. Luiz Roberto Barradas Barata”, em Heliópolis, zona sul da capital paulista, as principais causas para a ocorrência de derrames são hipertensão arterial sistêmica (conhecida popularmente como pressão alta), diabetes mellitus (níveis altos de açúcar no sangue), dislipidemias (colesterol e triglicerídeos altos), tabagismo, obesidade, sedentarismo e estresse.
Além disso, o especialista ressalta que os principais fatores de risco, que costumavam aparecer apenas em pessoas acima de 40 anos, estão se manifestando cada vez mais cedo.
“O estilo de vida urbano atual favorece com que as pessoas sejam estressadas, sedentárias, consumam alimentos ricos em gorduras, fiquem acima do peso e desenvolvam pressão alta e diabetes antes do que acontecia antigamente”, disse Ribeiro.
Para o neurologista, um estilo de vida mais saudável com a redução do estresse, prática regular de atividades físicas e alimentação balanceada podem evitar que fatores de risco como a pressão alta e o diabetes apareçam.
O médico afirma ser importante também que a população saiba reconhecer os sinais da doença para que haja socorro imediato, favorecendo o tratamento.
“Deve-se suspeitar que a pessoa esteja sofrendo um acidente vascular cerebral ou encefálico quando, de repente, ela fique com a boa torta para um lado; com um braço e/ou um perna dormentes, pesados, difíceis de levantar, e dificuldade para falar”, disse Ribeiro.
Mais informações: www.saude.sp.gov.br