Brasília – A campanha de vacinação contra o sarampo termina na próxima sexta-feira (30). Crianças de 1 a 7 anos devem ser levadas aos postos de saúde para fazer a imunização. Quem já foi vacinado pode receber a dose novamente.
Inicialmente, a campanha estava prevista para terminar no último dia 16, mas foi prorrogada pelo Ministério da Saúde por duas semanas. Segundo a pasta, o objetivo é identificar os municípios com cobertura vacinal menor e intensificar a mobilização nessas localidades.
O sarampo é uma doença altamente contagiosa. Os sintomas mais comuns são febre, tosse seca, manchas avermelhadas, coriza e conjuntivite. A transmissão acontece quando o doente tosse, fala ou respira. A vacina é a forma mais eficaz de prevenção e está disponível durante todo o ano nos postos de saúde.
Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Edição: Juliana Andrade
A vacina contra o sarampo passou a ser utilizada no Brasil em meados da década de 1960, embora sem um plano de continuidade. A doença, introduzida pelos colonizadores na descoberta das Américas, era epidêmica e responsável por elevada mortalidade de crianças, em associação com a desnutrição. Entre 1969-1971 era a principal causa de mortalidade em crianças entre um e quatro anos de idade na América Latina, segundo estudo conduzido pela OPAS. Na década de 70, no Brasil, a letalidade era de 5% do infectados. A partir dos anos 90, a estratégia de vacinação ganhou reforço, alcançando coberturas acima de 95% na última década, com a adoção em todo o país da vacina triplice viral para crianças de um ano.
O último caso autóctone de sarampo, relacionado a transmissão sustentada dentro do país, foi confirmado em 2000, no estado do Mato Grosso do Sul. Entre 2001 e 2009, houve confirmação de 67 casos de sarampo, todos relacionados a casos importados de outros países.