A Dívida Pública Federal (DPF) passou de R$ 1,694 trilhão em dezembro para R$ 1,628 trilhão no mês passado, segundo o Tesouro Nacional. A queda de 3,84% foi provocada pela concentração de vencimentos de títulos prefixados, que ocorre a cada três meses e movimentou R$ 108,6 bilhões no mês passado. O balanço divulgado na última terça-feira (22) mostra que a dívida interna em títulos (mobiliária) caiu de R$ 1,603 trilhão em dezembro para R$ 1,542 trilhão em janeiro.
A variação do dólar que subiu 0,43% em janeiro deste ano causou uma redução de 4% na dívida externa: de R$ 90,1 bilhões em dezembro para R$ 86,49 bilhões em janeiro.
Por meio da dívida pública, o governo pega emprestado recursos dos investidores para honrar compromissos. Em troca, o Tesouro se compromete a devolver os recursos com alguma correção, que pode ser definida com antecedência no caso dos títulos prefixados, ou seguir a taxa Selic, a inflação e o câmbio.
Prefixados – Com a taxa definida com antecedência, os títulos prefixados são preferíveis para o Tesouro Nacional porque dão maior previsibilidade para a administração da dívida pública. Em contrapartida, os papéis vinculados à Selic representam mais risco porque pressionam a dívida pública para cima em épocas de aumentos dos juros básicos.
O vencimento de títulos prefixados fez a participação desses papéis na dívida interna cair de 37,93% em dezembro para 34,21% em janeiro. A fatia dos títulos vinculados à Selic subiu de 33,36% para 35,79%. A participação dos títulos corrigidos pela inflação passou de 28,14% para 29,77% e a parcela vinculada ao câmbio nas dívida interna caiu de 0,57% para 0,22% por causa da retomada das operações de swap reverso (compra de dólares no mercado futuro) pelo Banco Central.