Empresários e dirigentes revelam suas expectativas para 2011, ano em que o Brasil deve crescer 4,5%, segundo previsões do Banco Central. Se tudo continuar no ritmo que está, 2011 – o ano do coelho, no horóscopo chinês – promete ser auspicioso para a economia brasileira. O Brasil fechou 2010 com um PIB de mais de US$ 2 trilhões, ganhou credibilidade internacional e consolidou-se como a 8a economia mundial, graças ao crescimento vertiginoso e com a entrada muitos investimentos estrangeiros no País. A expectativa daqui para adiante é como manter o desenvolvimento de forma sustentável. A previsão dos economistas do Banco Central é de um aumento 4,5% este ano.
Acompanhando o excelente momento econômico, a indústria nacional se antecipou e encerrou 2010 com 120 mil empregos a mais que 2009. Em conseqüência, o efeito é semelhante a uma bola de neve, pois, essas contratações geram expectativas positivas para outros setores, entre eles o de transportes. A Federação das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento do Estado de São Paulo, por exemplo, espera um crescimento de 12% nas demandas. “Esse é um bom momento para as companhias investirem no desenvolvimento de seus profissionais, para uma rápida recuperação e superar a crise econômica vivida nos últimos tempos”, destaca Regina Rocha, diretora executiva da entidade.
Já o setor de habitação promete seguir a mesma tendência no ano que se inicia. Com foco nos programas sociais do governo federal, o orçamento do FGTS em 2010 foi de R$ 74,62 bi para a habitação popular. Cinquenta e seis por cento a mais do que em 2009. Segundo Carlos Lupi, ministro do Trabalho, confirmado no cargo pelo governo Dilma, a aplicação também é reflexo da arrecadação gerada pelo aumento de empregos no País. “É o maior volume de aplicação da história do FGTS. O Fundo melhora sua arrecadação conforme aumenta o número de empregos formais”, garante.
Mas, de acordo com Marco Aurélio Luz, presidente da AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências, antes de fechar um negócio imobiliário é preciso ter cautela. Todos os meses a Caixa Econômica Federal leva a leilão por inadimplência de pagamentos, somente no Estado de São Paulo, pelo menos 400 imóveis. Para Luz, “a retomada do imóvel, por falta de pagamento, definitivamente, tornou-se um negócio mais lucrativo para os bancos do que o próprio financiamento. É cada vez maior o número de investidores, atraídos pelo baixo preço dos imóveis, que procuram uma grande oportunidade de negócios por meio de leilões”.
Para evitar a perda do imóvel, o presidente da AMSPA recomenda que o mutuário tenha atenção no momento da aquisição da casa própria. “Antes de fechar a compra de um imóvel é necessário analisar se terá condições de pagar as prestações. O ideal é que o parcelamento não ultrapasse 30% da renda familiar. O cálculo deve constar desde a primeira parcela até o último pagamento. Tomando esses cuidados o proprietário evita problemas futuros de inadimplência que pode levar à perda da moradia”, acredita.
Outro segmento que se agita com a movimentação positiva da economia, principalmente nas grandes metrópoles, é o da segurança. Para os moradores do Parque dos Príncipes a solução foi a criação da Associação dos Proprietários do Residencial Parque dos Príncipes, que zela pela qualidade de vida dos residentes e pela segurança dos 1.287 lotes existentes no local.
As principais atribuições da APRPP são: manter a segurança dos moradores, exercendo vigilância privada em cooperação com a segurança pública; fazer respeitar as restrições de ocupação do solo e impedir atividades incompatíveis com a zona estritamente residencial (ZER1); cuidar das áreas verdes, evitando que haja degradações e que surjam pontos de insegurança; representar os residentes perante o poder público para fazer valer seus direitos, firmar parcerias e obter melhorias de infraestrutura e saneamento; além de promover a união dos moradores por meio de atividades e eventos sociais.
“Em 2011 o bom combate continua”, profetiza Reinaldo Franco, presidente da associação, “a nossa maior prioridade é o desejo de todos os moradores dos grandes centros urbanos: mais segurança. Será o momento de arregaçar as mangas para que todos nós tenhamos mais tranquilidade. Ressaltamos a importância da união de moradores para enfrentar os problemas que surgem no cotidiano do bairro. Podemos construir locais mais agradáveis, calmos e seguros, onde nossas famílias possam ter melhor qualidade de vida e desfrutar do espaço coletivo”, indica.
Para a Abix Tecnologia, revenda Premium Motorola, o momento é de expectativa. Especializada em sistemas de rádio e monitoramento, a empresa trabalha comprometida com a qualidade, segurança, respeito ao meio ambiente e sustentabilidade , com o objetivo de satisfazer as expectativas de seus clientes no uso de tecnologias de rádios de voz, dados e imagem.
A Abix dispõe de estoque com as soluções MoniVox, sistema que propicia o monitoramento gravado e é oferecido pela revenda para locação. ”Sentimos necessidade de apresentar o produto ao cliente, pois muitas vezes percebemos a dificuldade em controlar a rede de radiocomunicação”, revela seu diretor.
“A empresa que fornece o MoniVox é nossa parceira. Sempre indicamos esse fornecedor, porque é correto, dedicado e muito leal”. Para o diretor da Abix, o sistema MoniVox garante mais segurança para os usuários e para os operadores dos rádios.
Com o novo ano, chegam também as contas de IPVA, IPTU, material escolar, Imposto de Renda e aumento no valor dos serviços de consumo, como água, luz, telefone e nas tarifas dos ônibus urbanos. Essas despesas cotidianas fazem com que as pessoas se afastem das práticas de gestos de solidariedade.
Para Haércio Suguimoto, presidente do Lar Escola Cairbar Schutel, instituição que abriga 60 crianças e adolescentes em situação de risco social, as contribuições voluntárias são capazes de proporcionar o melhor para os assistidos por uma entidade, mas não é conveniente que estas ações se acumulem apenas em algumas épocas do ano como Natal, Páscoa, Festa Junina e Dia da Criança. “Para mantermos nosso trabalho social e a melhor assistência às crianças institucionalizadas é muito importante pensarmos nos gestos solidários como práticas contínuas, que devem ser mantidas sempre, para que consigamos manter acesa a chama que ilumina nossas vidas, em qualquer época do ano”, declara.
Outra prática que não deve ser esquecida com o aquecimento da economia é a gestão do conhecimento, recurso estratégico para que todo capital intelectual gerado por empresas, profissionais e consultores possa ser compartilhado com toda sociedade. Os benefícios de sua aplicação são inúmeros, incluindo a aceleração do aprendizado e da capacitação de pessoas, a retenção e proteção de conhecimento estratégico e o aumento da capacidade de inovação. Anualmente, a Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento promove eventos, palestras, workshops, encontros e congressos sobre o tema. O mais importante deles é o KM Brasil, que neste ano, acontecerá em São Paulo.
Em 2011, ano que a entidade completa uma década de existência, a SBGC planeja consolidar-se como referência brasileira em gestão do conhecimento. Para Sonia Wada, presidente da sociedade: “comemorar uma década de organização é um marco histórico na área da gestão do conhecimento, por isso já estamos preparando um megaevento de aniversário, o KM Brasil 2011. Nosso objetivo é trazer mais competitividade ao País, para assegurarmos a existência de organizações e de empresários preocupados com a qualidade dos projetos de inovação e de qualidade. Vencermos os desafios do mundo globalizado é o espírito que move os associados à SBGC”.
Para finalizar, a jornalista Clarice Pereira, coordenadora da LINK Portal da Comunicação lembra que pertencer a uma nação emergente, num cenário cada vez mais competitivo, obriga as empresas elaborarem estratégias de comunicação para atingir seus objetivos e conquistar o seu público-alvo”, assegura.
Para a especialista em Marketing, “nesse caldeirão de tantos negócios, para alcançar o sucesso em seu nicho de atuação, as empresas precisam ‘dar as caras’, fazer seus potenciais consumidores perceberem sua existência, além disso, mostrar um comprometimento sério com a qualidade dos bens que oferecem e com o meio ambiente em que estão inseridas”.
Um dos princípios da sustentabilidade é gerar receitas para manter-se em pé, criar novos empregos e dividendos por um longo tempo. “A Coca-cola que o diga!”, receita.
Jornalista responsável: Márcia Brandão