Os dados de inflação divulgados em janeiro levaram os agentes, ao longo do mês, a revisar para cima suas expectativas, com impactos negativos nos índices que medem a performance das carteiras compostas por ativos com prazos de vencimento mais longos, como é o caso do IRF-M1+ e IMA-B5+. Ambos apresentaram variação negativa no mês – o primeiro de 0,65% enquanto que o IMA-B5+ declinou 1,49%. Estes indicadores de maior duration foram os subíndices do IMA com o pior desempenho.
O resultado foi uma variação de 0,26% do índice geral, a menor dentre aqueles que medem a performance dos ativos de renda fixa. Esse movimento pode ser observado no deslocamento para cima das curvas de juros prefixada e atrelada ao IPCA, com reflexo sobre a medida de inflação implícita. Ainda no que diz respeito ao segmento de títulos públicos, também se destacou o lançamento da LTN com vencimento em 1/1/2015, criada para substituir a NTN-F de mesmo vencimento.
Com a emissão de R$ 8,8 bilhões de Letras Financeiras, o estoque desses papéis se aproxima da casa dos R$ 40 bilhões, praticamente o dobro do estoque dos DPGE, que tiveram um total emitido de R$ 917 milhões. Janeiro registrou uma queda na emissão de títulos bancários em relação ao mês anterior, com as Letras Financeiras apresentando o menor decréscimo dentre os títulos dessa natureza. Enquanto o volume de emissão de letras recuou 9,1% em relação a dezembro, a queda na emissão de CDB foi de 27%, e a de DPGE de 15,6%.
O Boletim ANBIMA de Renda Fixa de fevereiro está disponível no link: http://www.anbima.com.br/publicacoes/arqs/bol-rf_015.pdf