O consumo de alimentos com variedade, qualidade e quantidade adequadas é um dos principais fatores na prevenção do câncer. Por isso, o setor de Nutrição e Dietética do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), ligado à Secretaria da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, preparou uma lista com alguns alimentos que auxiliam na prevenção contra a doença (veja tabela aqui).
Algumas substâncias como o Ômega 3, encontrado em peixes, e os polifenóis, presentes na maçã, diminuem a formação de compostos inflamatórios, o envelhecimento celular e, consequentemente, a proliferação de células tumorais. Já as fibras solúveis, presentes em alimentos como brócolis, couve manteiga e couve-flor, inibem a formação tumoral, diminuindo a possibilidade de mutações genéticas.
Os hábitos diários também podem aumentar o risco de desenvolvimento do câncer. O sedentarismo, por exemplo, é um fator negativo para as pessoas que buscam qualidade de vida. A prática de atividade física diminui a resistência à insulina, tornando menor o risco de câncer colorretal, por exemplo. A obesidade também merece atenção. A ingestão alimentar excessiva leva ao aumento de peso, que causa regulação prejudicada da glicemia e hiperinsulinemia e, como consequencia, aumenta o risco do surgimento de tumor no pâncreas, fígado e rins. Outro efeito da obesidade em longo prazo é a diabetes, que está relacionada com o desenvolvimento de câncer de fígado, endométrio, cervical e mamário.
Na contramão deste consumo saudável, há os alimentos que potencializam o desenvolvimento de um câncer e que devem ser evitados ou, então, consumidos com moderação, já que são ricos em gordura saturada. Bons exemplos são os de origem animal (carne vermelha, leite integral e derivados e bacon), que podem causar inflamação e alteração dos níveis de hormônios no sangue. A inflamação e o excesso de açúcar no sangue levam à intoxicação das células, o que favorece o desenvolvimento de tumores.
“Não podemos reduzir os alimentos a duas grandes listas: ‘heróis’ e ‘vilões’ da alimentação. Os principais erros em nossos hábitos alimentares não estão relacionados, exclusivamente, a ‘o quê’ comemos, mas também ao ‘quanto’ e ‘com que frequência’ nós consumimos alguns alimentos”, esclarece a gerente de Nutrição do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Suzana Camacho Lima.
Da Secretaria da Saúde