O novo mapa de risco para a dengue no Brasil foi divulgado na terça-feira (11) pelo Ministério da Saúde. Com a atualização do Levantamento do Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), passam de dez para 16 os estados com risco muito alto de epidemia; e de nove para cinco os com risco considerado alto.
No novo mapa da dengue, Acre, Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Tocantins, Mato Grosso, Espírito Santo e Rio de Janeiro são os estados com alto risco de enfrentar epidemia neste começo de ano. Roraima, Amapá, Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul estão com risco alto para a dengue e também precisam reforçar as ações de prevenção e combate à doença.
O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e representantes de outros 12 ministérios e órgãos do governo federal se reuniram com a presidenta Dilma Rousseff para articular a formulação de ações integradas capazes de prevenir e controlar a doença, bem como garantir atendimento de qualidade, em tempo adequado, para a população acometida pela dengue. “Queremos reforçar duas coisas: a atuação intersetorial e a integração entre atenção à saúde e vigilância em saúde. Queremos estimular os estados e municípios a ampliarem suas parcerias no combate à dengue. O Governo Federal, os estados, os municípios e as pessoas: todos podem fazer mais no combate à dengue”, disse o ministro.
O Ministério da Saúde vai efetuar o acompanhamento sistemático da implantação dos planos de contingência para enfrentar epidemias de dengue nos 16 Estados que atualmente apresentam maior risco. O monitoramento será feito em parceria com as Secretarias Estaduais de Saúde e vai integrar as ações de vigilância, assistência e mobilização em saúde.
A mudança no mapeamento se deve aos novos dados do LIRAa e ao monitoramento do número de casos de dengue no início de 2011. Atualmente, de acordo com as Secretarias Estaduais de Saúde, cinco Estados apresentam aumento no número de casos da doença: Amazonas, Acre, Mato Grosso, Goiás e Espírito Santo. O novo mapa da doença foi traçado com base no Risco Dengue, ferramenta lançada em setembro de 2010 que leva em consideração seis critérios básicos, dos quais quatro são do setor Saúde – Incidência atual de casos; incidência de casos nos anos anteriores, índices de infestação pelo Aedes aegypti e sorotipos em circulação. O quinto critério é ambiental – cobertura de abastecimento de água e coleta de lixo; e o último é demográfico – densidade populacional.
70 municípios são prioritários – Com a aplicação do critério de densidade populacional (previsto no Risco Dengue) aos 178 municípios com alto índice de infestação pelo Aedes aegypti, o Ministério da Saúde identificou 70 considerados prioritários para o controle da dengue neste momento. De acordo com o LIRAa 2010, 24 cidades, incluindo Rio Branco e Porto Velho, estão com índice alto de infestação (acima de 4% dos imóveis pesquisados). Outras 154 cidades, incluindo 14 capitais, estão em situação de alerta (índice de infestação entre 1% e 3,9%).
A lista dos municípios prioritários está em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/