A Santa Casa de São Paulo, a Fundação Pró-Sangue e o Colsan estão comemorando a parceria realizada com a Polícia Militar do Estado de São Paulo. Desde o dia 6 de maio, teve início a campanha de doação de sangue “Doar é legal”. O projeto será desenvolvido pela PM nos 645 municípios do Estado de São Paulo.
“Existe uma grande demanda por sangue em nossas unidades. A Santa Casa atende 3,3 mil pacientes por ano. Recebemos 600 pacientes traumatizados por dia no nosso Pronto-Socorro Central, e os atendimentos, em sua maioria, precisam de doação de sangue. Em algumas épocas do ano (férias, feriados prolongados e final de ano) a situação se complica. Com a parceria com a PM, temos certeza que essa situação irá se inverter”, diz José Hélio Muzitano Piragibe.
A Fundação Pró-Sangue conta com 1,6 milhão de doadores cadastrados, com 15 mil doações por mês. “O sangue coletado é repassado para 128 hospitais”, explica George Crivoi, diretor da entidade. Ele acredita que a parceria da PM ajudará durante o período de entressafra (feriados prolongados, férias e final de ano). “Como não ficará restrita aos policiais mas se estenderá às suas famílias, acredito que o espírito de solidariedade fará com que as pessoas tenham mais consciência e passem a doar mais sangue ou medula”.
Doar é ser solidário
Com 51 anos de existência, a Colsan (Postos de Coleta e Agência Transfuncionais) tem 1,2 milhão de usuários cadastrados e 12 mil coletas voluntárias por mês. “Distribuímos o sangue coletado para as prefeituras de São Paulo, do Grande ABC, Jundiaí e Sorocaba. Com a parceria pretendemos aumentar o número de prefeituras atendidas”, salienta Afonso José Pereira Cortez, diretor.
De acordo com o coronel Álvaro Batista Camilo, comandante-geral da PM, a Campanha não se limita à simples doação de sangue e o cadastramento para doação da medula óssea pelos policiais. “Ela tem um objetivo maior, que é o de concitar a sociedade para a importância de as pessoas se transformarem em doadoras, formando uma corrente de agentes multiplicadores e disseminadores desse grandioso ato social”.
No lançamento da Campanha, mais de 100 policiais militares voluntários fizeram as primeiras doações em uma estrutura montada no Quartel do Comando Geral.
O soldado PM Renato Silva, 25, do 3º Batalhão (região Migrante-Saúde) doou sangue pela primeira vez. Portador do sangue O+, ele argumenta que o corre-corre da profissão, às vezes, o impede de doar. “O apelo bateu forte e sempre que possível vou doar sangue para quem necessita”.
O segundo sargento Dario da Rocha, do Comando de Policiamento Metropolitano-8(CPM), em Osasco, é doador há 20 anos. “Doava com mais frequência, em média de quatro em quatro meses”. A esposa, Solange também aderiu ao projeto e já doa sangue há mais de uma década.
Mãe de uma garotinha de oito anos, a soldado PM Adriana Oliveira, do 15º BPMM, em Guarulhos, vem de uma família de doadores. “As pessoas devem entender que ser doador é ser solidário, é ajudar o próximo, mesmo que ele seja um desconhecido”. Adriana também já se cadastrou como doadora de medula óssea. “A filhinha de um policial com três anos precisava de um doador de medula e eu acabei me cadastrando. Mas, ela acabou recebendo a medula de outra pessoa”, finaliza.
Da Agência Imprensa Oficial