A Federação e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo consideram um erro a decisão do Banco Central em elevar a taxa básica de juros (Selic) para 11,25% ao ano. Com decisões como essa, em 2011, o governo federal vai gastar R$ 200 bilhões de juros. Para a Saúde teremos apenas R$ 72 bilhões, para Educação teremos R$ 60 bilhões. A Fiesp alerta que cada meio ponto percentual a mais na taxa Selic representa despesa pública anual adicional de R$ 9 bilhões.
“O Brasil não pode mais ser penalizado com o crescente aumento da taxa de juros. Isso é um absurdo. Com esse dinheiro poderíamos viabilizar a construção de mais 390 mil casas do Programa Minha Casa Minha Vida, ou custear 2/3 do Programa Bolsa Família no ano inteiro de 2011. Alternativamente, daria para o Sistema de Saúde realizar 14 mil internações adicionais”, afirmou Paulo Skaf, presidente da FIESP.
Se considerarmos os itens que afetaram a taxa de inflação: alimentação, despesas pessoais e serviços, percebemos que sua relação com a taxa Selic é quase nula. A taxa de juros afetará todos os setores e não apenas os de alta inflação.
“O Banco Central do Brasil além de cuidar da moeda deveria se preocupar também com o emprego e crescimento econômico, que serão penalizados por esta decisão de aumento dos juros”, concluiu Skaf.