Mulheres Mil – Ilda, de Fortaleza, fez curso de camareira e está trabalhando em um hotel na cidade; Joana, de Palmas, cursou corte e costura, mas precisa comprar a máquina para trabalhar; e Nilce, de Manaus, fez curso de camareira e conseguiu trabalho de copeira.
Ilda, Joana e Nilce se profissionalizaram no projeto Mulheres Mil, oferecido pelo Ministério da Educação, por meio de institutos federais de educação, ciência e tecnologia, desde 2008. O projeto começou em unidades de 13 estados e, em 2011, se transformou em programa com abrangência nacional.
Em 2008, Ilda Maria Vital de Oliveira, de Fortaleza, 40 anos, casada, estava desempregada e foi ao Instituto Federal do Ceará pedir que a escola desse aula de reforço para os três filhos. Conseguiu que o instituto acolhesse as crianças, mas o mais importante foi ter visto um cartaz informando sobre a abertura do curso de camareira. “Me inscrevi na hora”, diz Ilda.
O curso de camareira durou um ano e, antes de receber o certificado, ela conseguiu emprego num hotel, onde trabalha há 23 meses. “Aquele cartaz me abriu portas.” Ilda, que tinha a sétima série, aproveitou para concluir o ensino fundamental.
Joana Darc, de Palmas, 41 anos, solteira, é mãe de duas gêmeas de 21 anos, um adolescente de 17 e um casal de gêmeos de 13 anos. Ela é merendeira em uma escola e, no tempo que sobra, é manicure, faz tapetes e estuda. No Mulheres Mil, Joana fez cursos de corte e costura e artesanato. Seu desejo é ser costureira, mas ainda não conseguiu o dinheiro para comprar a máquina. Em 2010, enquanto fez os cursos no Instituto Federal de Palmas, Joana concluiu o ensino fundamental. Na ocasião, ela tinha a quinta série.
O horizonte da camareira Nilce Márcia de Melo Craveiro, de Manaus, 35 anos, solteira, dois filhos de dez e 13 anos, é a Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil. Em 2008, quando o Instituto Federal de Manaus abriu cursos do Mulheres Mil, Nilce escolheu o ramo da hotelaria e obteve certificado de camareira. Ela trabalha como copeira, mas como deseja aumentar as oportunidades na competição de futebol, começou este ano curso de inglês (duração de seis meses) e de língua brasileira de sinais (dois meses) no instituto.
Como já tem o ensino médio, Nilce também se prepara para fazer vestibular no instituto e para concurso público. “A entrada no instituto continua me oferecendo oportunidades”, explica.
Ionice Lorenzoni
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