Aos poucos as chuvas retornam ao Brasil e mesmo ainda de forma isolada e insuficiente para repor déficit hídrico, já foi suficiente para dar o início no plantio de algumas lavouras de verão. Na semana passada, as precipitações chegaram a Mato Grosso e em alguns municípios do norte de Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e no sul do Pará.
A semana passada também foi de chuvas no Rio Grande do Sul, inclusive sobre o sul do Estado, o que beneficiou diretamente na recuperação dos níveis das represas/barragens das lavouras de arroz irrigado dessa região. Segundo a SOMAR, neste momento, somente nos estados do Sul do Brasil e sul de São Paulo, é que o solo apresenta a capacidade hídrica satisfatória, acima de 60%.
Já no interior do Nordeste, a última semana foi de tempo totalmente seco, com temperaturas elevadas e baixa umidade relativa do ar. “Como o solo continua seco nessa Região, ainda é inadequado para o plantio das lavouras de verão”, comenta o meteorologista Paulo Etchichury.
Esta semana já começa com o avanço de uma frente fria sobre o Sudeste do Brasil, que associada com a umidade proveniente da Amazônia, favorece a organização de nebulosidade e chuvas isoladas sobre os estados do Sudeste, Centro-Oeste e também no sul e oeste da Bahia, Tocantins e no sul do Pará .
A boa notícia é que para a próxima semana o deslocamento de uma nova frente fria deve provocar mais chuvas no interior do Sudeste e do Centro-Oeste do Brasil, confirmando o retorno das chuvas e interrompendo assim definitivamente o período seco, além de gradualmente oferecer condições para o plantio das lavouras de verão.
Com relação à temperatura, já se observa um padrão típico da Primavera, com apenas algumas oscilações nos termômetros, mas já afastando o risco de frio extremo no Sul. Além disso, o retorno das chuvas ajuda a diminuir o calor extremo do período da tarde no Sudeste e no Centro-Oeste.
Já no Nordeste, o tempo continua seco nessa primeira quinzena de outubro. Segundo previsão da SOMAR, o tempo muda gradualmente e há previsão de chuvas isoladas apenas para o sul e oeste da Bahia, e no extremo sul do Maranhão e do Piauí. Nessas regiões, as chuvas em maior volume e condições de plantio ficam mais para o final do mês.