Um milhão de paulistas irão receber a partir desta quarta-feira, 30, em seus celulares, mensagens de texto da Secretaria da Saúde com alertas sobre combate à dengue. A ação é fruto de parceria da pasta com a operadora de telefonia celular Vivo.
O objetivo do envio dos torpedos é alertar a população sobre medidas a serem adotadas para evitar a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, especialmente neste momento em que o calor ainda persiste no Estado e as chuvas são menos frequentes e de menor intensidade.
As mensagens SMS, com assinatura da Secretaria e da Vivo, serão encaminhadas para todo o Estado, com foco nas regiões da Baixada Santista, São José do Rio Preto e Ribeirão Preto, áreas do estado com histórico de forte transmissão da doença.
“Trata-se de uma ação fundamental para disseminar uma informação importante de saúde pública. Cerca de 80% dos focos do mosquito da dengue estão no interior das residências. A ideia é, portanto, usar mensagens instantâneas para lembrar os cidadãos que a prevenção começa dentro de casa”, diz Giovanni Guido Cerri, secretário de Estado da Saúde de São Paulo.
Redução
Balanço da Secretaria aponta que o número de casos de dengue no primeiro bimestre foi 92,6% inferior ao registrado no mesmo período de 2010. Os 645 municípios paulistas informaram à Secretaria, até o final de fevereiro, por intermédio do Sinan (Sistema de Informações de Agravos de Notificação) 3.390 casos autóctones (com transmissão dentro do estado) da doença em janeiro. No primeiro bimestre do ano passado houve 46.050. As informações são preliminares e sujeitas a revisão.
Segundo os dados informados ao Sinan, a cidade de Ribeirão Preto concentra 49,9% dos casos confirmados em janeiro e fevereiro, seguida por Bauru, com 7,1%, Araraquara, com 3,4%, e Santa Fé do Sul, com 2,8%.
Ao longo do segundo semestre de 2010 a Secretaria desenvolveu trabalho de capacitação de 6 mil agentes em todo o Estado de São Paulo para aprimorar o trabalho de controle de vetores e atendimento aos cidadãos com suspeita de dengue. Foram realizadas, no total, 51 oficinas, envolvendo 330 municípios considerados prioritários.
A iniciativa teve dois objetivos fundamentais: focar, de um lado, o controle do mosquito transmissor nas residências e em estabelecimentos com grande probabilidade de alojamento de criadouros (imóveis estratégicos e especiais) e, de outro, a avaliação de risco dos pacientes atendidos nos serviços de saúde, organização dos serviços e manejo clínico dos casos.
Dessa forma, garante-se mais efetividade nas ações de campo para combater o Aedes aegypti e assegura-se maior eficiência no atendimento aos casos suspeitos, evitando que pacientes infectados com o vírus da dengue evoluam para casos mais graves, como a febre hemorrágica, por exemplo.
Além do trabalho realizado pelo poder público, a Secretaria considera fundamental a mobilização de todos os paulistas, no sentido de removerem possíveis focos do mosquito transmissor da dengue, uma vez que 80% dos criadouros estão no interior das residências.
Da Secretaria da Saúde