Aos poucos muda o padrão de distribuição das chuvas no Brasil. Depois de pelo menos três meses com chuvas fortes entre o Sudeste, Centro-Oeste e Norte, a formação de um bloqueio atmosférico entre a Região Sul, Argentina e Uruguai será responsável por chuvas mais fortes e generalizadas sobre as três áreas nestes primeiros 10 dias de fevereiro.
De acordo com os meteorologistas da Somar, os modelos de previsão indicam chuva mais intensa e generalizada nos próximos cinco dias sobre o centro, oeste e sul do Rio Grande do Sul, com acumulado de mais de 50mm neste período. Já no Paraná, Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul, o acumulado será menor, oscilando em torno dos 5mm.
Também não há previsão de chuva significativa no Sudeste, Nordeste, sudeste de Goiás e leste de Mato Grosso do Sul. Trata-se de uma boa notícia para os Estados que estavam passando por um período com chuvas intensas, como São Paulo, mas péssima notícia para todos os Estados do Nordeste, que passam por um período de estiagem.
Além das chuvas fortes no Rio Grande do Sul, destaque também para a migração da umidade da Amazônia para o oeste da América do Sul, situação que deve gerar grande acumulado de chuva sobre o noroeste de Mato Grosso, Rondônia, Amazonas e Acre, com valores que devem passar dos 150mm em vários municípios.
Além disso, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) também provoca chuva forte no Litoral da Região Norte, especialmente do Amapá, com acumulado de mais de 150mm em Oiapoque.
Temperaturas
Segundo o meteorologista Celso Oliveira, bloqueios atmosféricos sempre causam calor intenso e duradouro. “Teremos um padrão de temperatura que normalmente não é visto em anos de La Niña, vide o mês de janeiro que teve máximas mais baixas que o normal em boa parte do Sudeste, Centro-Oeste e Norte”, afirma o meteorologista.