Líderes em internações hospitalares, as doenças respiratórias tornam-se mais comuns com a chegada do inverno. Tosses, espirros, dificuldade para respirar, falta de ar e eventuais idas ao pronto-socorro são alguns dos sintomas de que o inverno está chegando. Porém, esse pesadelo pode ser evitado com algumas medidas simples.
Gripe, resfriado, crises de asma e pneumonia são algumas das doenças respiratórias que tem seus índices aumentados devido ao aumento do tempo em que permanecemos em ambientes fechados, cheios de gente, e com pouca circulação de ar. É este o ambiente ideal para o contágio de diversas doenças infecciosas respiratórias e desencadeamento de uma crise de asma em pacientes suscetíveis, conforme o Departamento de Pediatria da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT).
“As pessoas nessa época do ano passam mais tempo dentro de casa, com as janelas fechadas, e quando resolvem sair para passear, ao invés de ir a um parque, escolhem o shopping, por exemplo. Esse aglomerado de gente em lugares fechados acaba facilitando a propagação de bactérias e vírus, aumentando o número de infectados. Donas de um sistema respiratório em formação, sem a experiência imunológica dos mais velhos, as crianças
são alvo fácil desses vírus e bactérias e precisam de mais atenção. Os primeiros dois anos de vida são mais críticos. Mas é recomendável estender
essa faixa etária até os cinco anos de idade, quando ainda não tiveram a chance de produzir os anticorpos contra as doenças.
ALERTA PARA A PNEUMONIA
De todas as doenças respiratórias, uma das que mais preocupa os pais é a pneumonia. A família tem que estar sempre atenta aos sintomas de tosse, febre e dificuldade para respirar. É muito importante que a criança não deixe
de se alimentar e dormir corretamente. Se estiver com dificuldades, os pais devem levá-la ao pediatra ou ao pronto-socorro para uma nova avaliação.
É recomendável muita atenção ao tratamento indicado pelo médico, mantendo a regularidade dos horários e doses do remédio. Para os “baixinhos” que
não colaboram com os antibióticos ou as medicações inalatórias, é importante que a mãe esteja sempre em contato com o médico para que ele possa adequar o tratamento e fazer avaliações durante o mesmo, evitando as surpresas.
PREVENÇÃO
Em caso de tosse, gripe ou febre é recomendável a preservação da criança para evitar maiores complicações no quadro. Evitar aglomerações e deixar de freqüentar a escola ou creche por alguns dias pode ser necessário em algumas situações.
O contato entre pais e irmãos também pode transmitir os vírus e as bactérias, alerta a médica. Por isso, crianças não devem compartilhar copos e talheres, que devem ser bem lavados após o uso.
As vacinas disponíveis na rede pública são importantes, devendo ser avaliadas junto ao médico, pois ajudam a proteger contra alguns tipos de pneumonia e contra a gripe. A vacina da pneumonia, inclusive, faz parte do calendário do Ministério da Saúde. Outro alerta fica para o tabagismo passivo. Sabe-se
comprovadamente que a criança que convive com fumantes, freqüentando ambientes com fumaça de cigarro estão mais suscetíveis a infecções do que crianças sem esse histórico.
É difícil prevenção total por conta da variação climática, mas com alguns cuidados é possível passar o inverno sem nenhum resfriado.
• Agasalhar-se bem, evitando roupas leves nos dias mais frios, e fugir da chuva são recomendações fundamentais. O choque térmico agride as vias aéreas, facilitando as infecções.
• Alimentação equilibrada, horas regulares de sono e atividades físicas são imprescindíveis para melhora da defesa do organismo.
• O ambiente deve estar sempre ventilado e se possível, com uma temperatura. agradável
• Não deixe de ingerir líquidos. Além de hidratar, ajuda a manter a temperatura normal do corpo.
• Lave as mãos com freqüência, pois elas têm um grande poder de transmissão de agentes infecciosos.
• Se tiver mais que 60 anos ou for portador de doença pulmonar crônica, vacine-se contra a gripe, de preferência, dois meses antes do inverno, para uma melhor reação do organismo e criação de anticorpos.
Seguindo esses hábitos, mesmo em contato com o vírus, a pessoa pode não desenvolver a infecção.