A partir desta terça-feira (5), os cidadãos poderão participar da elaboração do marco de referência de educação alimentar e nutricional para as políticas públicas, por meio de consulta do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). O objetivo é garantir a participação de toda a sociedade na elaboração do documento final, que deve ser lançado em agosto.
De acordo com a coordenadora-geral de Educação Alimentar e Nutricional do MDS, Patrícia Gentil, a necessidade do marco regulatório começou a ser discutida em 2011. “Junto com outros órgãos, como os ministérios da Educação e da Saúde, observamos a necessidade de um documento formal, que orientasse as ações nessa área, direcionando a elaboração das políticas públicas de segurança alimentar e nutricional”, conta.
O marco de referência visa promover um campo comum de reflexão e orientação no conjunto de iniciativas que tenham origem, principalmente, na ação pública.
Obesidade – Dados do Ministério da Saúde mostram que, na população adulta, 35% apresentam sobrepeso e 15% alcançam medidas consideradas de obesidade. “Estamos vendo que o Brasil está, sim, engordando. O governo federal não pode simplesmente observar esses números crescerem”, diz a representante do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e pesquisadora do Observatório de Políticas de Segurança Alimentar e Nutrição da Universidade de Brasília (UnB), Elisabetta Recine. Para ela, o marco regulatório deve ser feito neste contexto de aumento da obesidade para reeducar, reorientar e tentar reverter esse quadro.
“Além da obesidade, observamos problemas pontuais em algumas regiões, como anemia, carência de vitamina A, crianças com diabetes e colesterol alto, entre outros”, diz a consultora da Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Ana Carolina Feldenheimer. Segundo ela, uma política de segurança alimentar e nutricional adequada terá reflexos diretos na saúde dos brasileiros: “com a reeducação alimentar e a orientação de políticas públicas para uma alimentação mais saudável, certamente teremos redução drástica nesses dados alarmantes”.
Acesse a consulta em www.mds.gov.br