Qual o melhor momento para começar o tratamento medicamentoso contra o vírus HIV? Essa é uma das principais perguntas que norteiam um dos maiores estudos sobre o tema já realizados no mundo, coordenado pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas, unidade da Secretaria da Saúde e referência nacional para o tratamento das doenças infectocontagiosas.
Chamado “Start”, o projeto inclui 223 centros de saúde em 35 países de todos os continentes. O objetivo é responder sobre o melhor momento para se iniciar o tratamento antirretroviral. O estudo também verificará se a qualidade de vida do paciente soropositivo pode ser melhorada quando a terapia medicamentosa é antecipada, além de outros fatores associados, como alterações neurológicas, ósseas, renais, cardiovasculares e hepáticas.
Para acompanhar os resultados da dinâmica do tratamento, foram selecionados 90 pacientes do Emílio Ribas com diagnóstico recente para o HIV. Após um sorteio aleatório, um grupo iniciou tratamento mais cedo do que o recomendado pelos padrões brasileiros e o outro será incluído dentro dos moldes utilizados atualmente. Os casos serão acompanhados durante cinco anos.
No Brasil, a indicação para o início da terapia anti-HIV é realizada quando o CD4 (células de defesa no sangue) está abaixo de 350 células por milímetro cúbico. A avaliação para a realização do tratamento também é feita conforme a condição clínica do paciente e, de acordo com o caso, inicia-se precocemente, ou seja, quando o CD4 do paciente soropositivo estiver abaixo de 500.
O Instituto de Infectologia Emílio Ribas é o centro coordenador do “Start” no país, juntamente com a Universidade Federal do Rio de Janeiro e a participação do Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids e a Faculdade de Medicina da USP, além de outros cinco centros de pesquisa para o tratamento da Aids no país.
Do Portal do Governo do Estado