Uma frente fria chegou ao sul do Brasil para aliviar ao menos por um pouco o quadro de seca que a região está passando. A cidade de Caçapava do Sul, em emergência por conta da estiagem, recebeu o maior acumulado do Estado ontem, com quase 57mm ou quase metade da média do mês de janeiro. Foi a primeira chuva do ano e a mais intensa desde o início de outubro de 2011. Hoje, o destaque foi a cidade de Torres, no litoral norte. Foram 89mm até as 9h da manhã, o que corresponde a 76% da média climatológica de janeiro.
No sábado, a chuva passa a atingir o centro e nordeste do Rio Grande do Sul e boa parte de Santa Catarina e do Paraná. No leste e norte de Santa Catarina e no leste do Paraná, ainda chove forte, com acumulado entre 20mm e 30mm. Ventos em torno dos 90km/h ainda serão sentidos entre o leste do Paraná e o sul de São Paulo pela manhã do sábado. A temperatura da madrugada cai na Campanha do Rio Grande do Sul, oscilando entre 11°C e 13°C. À tarde, a máxima sobe em relação à sexta-feira, chegando aos 28°C no oeste dos três Estados. Apenas nas áreas mais próximas da costa, a temperatura permanece mais baixa, não passando dos 25°C.
No domingo, a área de tempo seco aumenta ainda mais sobre a maior parte do Rio Grande do Sul e interior de Santa Catarina e do Paraná. A trégua da seca dura pouco na verdade. As poucas chuvas atingem a costa do Rio Grande do Sul, norte de Santa Catarina e leste e norte do Paraná, podendo ser intensas em alguns municípios do Rio Grande do Sul e do Paraná. A temperatura mínima continua caindo. A mínima oscila entre 11°C e 13°C no sul do Paraná, pontos mais elevados de Santa Catarina e fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai. Já a temperatura máxima volta a subir em boa parte da Região e permanece mais baixa apenas na Serra Geral. As rajadas de vento de quadrante sul alcançam 40km/h na costa do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Já no nordeste do Paraná, as rajadas ainda de noroeste chegam aos 60km/h.
Apesar do retorno da chuva ao Rio Grande do Sul, o estrago causado pela estiagem é grande e irreversível, especialmente para o milho. De acordo com a imprensa, a EMATER estima perda de R$ 863 milhões até o momento em todo o Estado.