Florianópolis – O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) deve gerar 1,6 milhão de vagas em 2012. O número foi destacado pelo secretário de educação profissional e tecnológica do Ministério da Educação, Marco Antonio de Oliveira, na tarde desta terça-feira, 29, durante o segundo dia do Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica. O Pronatec é um conjunto de iniciativas do governo federal voltadas para ampliar o acesso de estudantes e trabalhadores brasileiros a essa modalidade educacional.
O secretário informou em sua palestra que, desse total, 1,1 milhão serão abertas em cursos de formação inicial e continuada e 500 mil em cursos técnicos. “Temos avançado muito nos últimos meses, tanto na oferta de cursos quanto na efetivação de matrículas”, enfatizou.
Marco Antonio de Oliveira apresentou um panorama geral das ações que já estão em curso, por meio do programa, e outras que deverão ser implantadas, voltadas para a consolidação das políticas de formação profissional.
“Temos alguns desafios, o primeiro deles é a implantação do conselho deliberativo, previsto na lei que criou o Pronatec, que está em fase de definição. Nós também pretendemos criar nos estados os fóruns permanentes estaduais do programa”, afirmou.
Outra iniciativa importante será a criação de um cadastro virtual para acesso e candidatura dos cidadãos às vagas ofertadas pelas instituições participantes do programa. De acordo com Oliveira, o sistema também será utilizado para dimensionar as demandas por formação no país a partir das necessidades manifestadas pelos brasileiros. “Com isso queremos ter um retrato fiel da demanda e criar melhores condições de funcionamento do programa.”
Fórum – Até sexta, 1° de junho, especialistas, professores, estudantes e gestores públicos e privados debatem em Florianópolis temas ligados à formação profissional. O segundo dia do evento iniciou com uma conferência a respeito de educação, universalização e democratização. Também houve três debates sobre o contexto mundial da educação profissional e tecnológica, educação integral e ações afirmativas.
Ao longo do dia ainda aconteceram apresentações artísticas nos palcos instalados no evento, como, por exemplo, a homenagem a Luiz Gonzaga, feita pelo coral do Instituto Federal de Pernambuco.
Nos estandes, os visitantes têm contato com diversos projetos ligados ao ensino tecnológico desenvolvidos pelas instituições expositoras. O Instituto Federal do Rio de Janeiro, por exemplo, trouxe uma exposição itinerante de ciências. A monitora, Jéssica Oliveira, estudante do sexto semestre de licenciatura em química no instituto federal, explica que a exposição é levada aos alunos de escolas públicas fluminenses. “A gente leva tudo para as escolas, é itinerante. Mas elas também podem visitar a exposição no instituto”, contou.
Para ela, a troca cultural que resulta da participação em um evento deste porte é importante. “O que mais me chamou a atenção foi a cultura regional que cada instituição trouxe. Essa experiência eu poderei levar para os meus alunos”, disse.
Danilo Almeida