A cobertura vacinal no País, nos últimos dez anos, atingiu em média 95% para a maioria das vacinas do calendário da criança e em campanhas de vacinação, com 26 vacinas oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). As doses são aplicadas gratuitamente nos 35 mil postos da rede pública. Além da erradicação de doenças como a poliomielite e o sarampo, o Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde (MS) vem controlando, por meio da vacinação, o tétano neonatal, as formas graves da tuberculose, a difteria, o tétano acidental e a coqueluche. “A vacina é uma aliada importante para controlar, combater e eliminar essas doenças”, diz o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.
Em 2011, por exemplo, a vacina BCG, que combate a tuberculose, atingiu 107,7% de cobertura vacinal. Já a tríplice viral, que combate sarampo, caxumba e rubéola, atingiu 102,2% e meningocócica conjugada C, inserida no calendário em 2011, atingiu 105,5% de cobertura vacinal. “O Brasil é modelo para outros países que não conseguem atingir uma cobertura vacinal como a nossa”, diz Barbosa. O programa instituiu calendários não só para o primeiro ano de vida, mas também para crianças, adolescentes, adultos e idosos.
Mobilização – Na campanha de vacinação contra poliomielite para menores de 5 anos de idade, em 2012, foram vacinadas mais de 14 milhões de crianças atingindo uma cobertura vacinal de 98%. As campanhas de vacinação contra influenza também mostram a capacidade de mobilização na adesão da população ao chamado à vacinação. Neste ano, foram registradas mais de 25 milhões de doses da vacina e a cobertura total atingiu 86,24% da população-alvo, estimada em cerca de 30 milhões de pessoas.
Além das 26 vacinas, são oferecidos pelo SUS: 13 soros heterólogos (imunoglobulinas animais) e quatro soros homólogos (imunoglobulinas humanas), utilizados na prevenção e tratamento de doenças. Com o objetivo de ampliar o uso das vacinas combinadas, o MS incluiu, em 2012, no calendário de vacinação da criança, a vacina pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza tipo B e hepatite B), visando diminuir o número de aplicações de injeções nas crianças. Neste ano, também foi incluída no calendário da criança a vacina inativada poliomielite com o esquema vacinal sequencial de quatro doses em crianças menores de um ano de idade que estejam iniciando seu calendário de vacinação.
Varicela e hepatite farão parte do calendário
Para 2013, o MS vai oferecer mais duas vacinas no calendário básico de imunização: contra a varicela e contra a hepatite A. Em 2010, duas novas vacinas foram introduzidas no calendário vacinal: a pneumo 10 valente e a meningocócica conjugada. Desde a década de 70, estratégias diferenciadas como campanhas e vacinação de rotina resultaram na eliminação da varíola, em 1973, da poliomielite, em 1989, e, mais recentemente, em 2001, a eliminação da transmissão autóctone do sarampo no País.