A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu registro para o primeiro medicamento biológico 100% nacional: o Etanercepte, desenvolvido por parceria entre laboratórios públicos e privados, articulada pelo Ministério da Saúde (MS) em 2012. O medicamento, em cinco anos, deverá custar 50% menos que o importado, gerando economia de R$ 726 milhões ao MS. A previsão é que o medicamento esteja pronto para comercialização em 2016.
O Etanercept importado é ofertado no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2006, nas apresentações de 25 mg e de 50 mg, a 16.431 pacientes. Só em 2012, o MS gastou R$ 364 milhões na compra para suprir a demanda. Com o registro da Anvisa, os laboratórios têm autorização para construir no Brasil uma fábrica para começar os ensaios clínicos com o medicamento. Para a comercialização do produto, a Anvisa deve conceder um segundo registro.
Atualmente, estão em vigor no país 55 Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP) de 47 medicamentos, cinco vacinas, um contraceptivo, um teste rápido e uma pesquisa. A partir destas parcerias – que envolvem 15 laboratórios públicos e 35 privados – a expectativa é que o Ministério da Saúde obtenha uma economia de aproximadamente R$ 940 milhões por ano. Estão contemplados, nestas PDP, 21 grupos terapêuticos de medicamentos: antiasmáticos, antiparkinsonianos, antipsicóticos, antirretrovirais, biológicos, distúrbios hormonais, hemoderivado, imunobiológicos, imunoestimulantes, imunossupressores, e oncológicos.