No período de fortes chuvas e enchentes, o risco de se contrair hepatite aumenta. Isso porque a água suja carrega bactérias e vírus que se misturam as águas das piscinas, rios, lagos e mar e o contato com a água (ou lama) sem proteção é fator de risco para a infecção.
Quem dá o alerta é a hepatologista Suzane Kioko Ono, do serviço de gastroenterologia clínica do Hospital das Clínicas. De acordo com a especialista, a hepatite A é altamente contagiosa e a transmissão ocorre, em grande parte dos casos, pela ingestão de água ou alimentos contaminados.
Os sintomas da doença podem ser confundidas com os da gripe: febre, calafrios e sensação de fraqueza generalizada. Depois, surgem náuseas, a icterícia (cor amarelada nos olhos e na pele), dor abdominal e fadiga. A urina escurece e as fezes ficam mais claras. Segundo Kioko Ono, os sintomas podem demorar até um mês para aparecer.
A transmissão também pode ocorrer via fecal-oral, que acontece quando o vírus que é eliminado nas fezes chega à boca pela falta de lavagem das mãos na hora do preparo dos alimentos.
Por isso, a orientação é lavar bem as mãos após ir ao banheiro e antes de manusear alimentos. Deve-se evitar: tomar água não tratada ou tomar bebidas que contenham cubos de gelo feitos a partir dessa água e comer frutas, saladas e vegetais crus não higienizados adequadamente. Além disso, recomenda-se redobrar a atenção no consumo de mariscos, ostras e mexilhões.
Do Portal do Governo do Estado