Já está em vigor a resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que altera a faixa de iodação do sal no Brasil. A determinação foi publicada na última quinta-feira (25) no Diário Oficial da União (DOU). De acordo com a nova regra, deverá ficar entre 15 e 45 miligramas por quilo de sal. Atualmente, pode variar entre 20 a 60 miligramas por quilo. O sal com menos iodo deve começar a ser produzido no Brasil em até 90 dias, a contar da data de publicação no DOU.
A nova faixa foi resultado da avaliação realizada pela Comissão Interinstitucional para Prevenção e Controle dos Distúrbios por Deficiência de Iodo, coordenada pelo Ministério da Saúde, seguida de consulta pública realizada pela Anvisa. O cálculo levou em consideração a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), dados de monitoramento do teor do nutriente no sal e o padrão de consumo do brasileiro.
A adição do iodo no sal foi adotada na década de 50 para prevenir e controlar as deficiências do nutriente, que pode provocar o bócio, bem como pode comprometer de forma permanente o desenvolvimento físico e intelectual de crianças. No entanto, a faixa de adição do nutriente tem sido revista ao longo dos anos em virtude das mudanças no padrão de alimentação dos brasileiros, pois o excesso desse nutriente também traz danos à saúde e pode causar transtornos na tireoide.