O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou que a expectativa de vida dos brasileiros aumentou e atualmente é de 73 anos. A população também está envelhecendo, sendo que por volta de 2050, o órgão estima que irão existir no Brasil, 73 idosos para cada 100 crianças. Mas como será que esse público se comporta? Quais as suas limitações e dificuldades? E o cuidador? Como ele deve atuar com esse público? Por conta dessas e de outras questões, o curso de Medicina da Unoeste, promoveu uma atividade denominada Laboratório de Experiências Sensoriais, para os acadêmicos do 1º termo. Desenvolvida como parte da programação da Semana Integradora, a iniciativa ainda faz parte da disciplina Programa de Aproximação Progressiva à Prática (Papp), no módulo 1.
A responsável, professora Ilse de Lima Arruda Storel, explica que os alunos vivenciaram diversas situações cotidianas pelas quais os mais velhos passam. “Disponibilizamos óculos especiais, luvas plásticas, tampões auriculares e pesos adicionais nos membros inferiores, para possibilitar respectivamente a diminuição da audição, visão e capacidade motora. Além disso, reproduzimos vídeos de orientação sobre os cuidados com os idosos”. Ela conta que os universitários tiveram que se locomover em cadeiras de rodas ou com o auxílio de muletas e andadores.
“Esta edição da Semana Integradora da Medicina é voltada para o idoso e, assim, a equipe dos tutores e coordenadores do Papp 1, engajou-se nessa iniciativa, para que os futuros médicos sintam na pele as limitações dessas pessoas”. Ela considera que a experiência é de grande relevância para a formação profissional. “Esperamos que eles reflitam e compreendam o papel do médico frente a esses pacientes, por meio de uma assistência humanizada e que permita a integração, com uma escuta qualificada e alta resolutividade”, completa a docente.
A acadêmica Isabella Andrade Marques foi uma das participantes e aprovou. “Tive dificuldades para andar, enxergar e escutar. Achei muito interessante esta vivência, pois me mostrou um pouco do que os idosos sentem no dia a dia e como a minha atuação poderá ser importante para que esses pacientes tenham uma melhor qualidade de vida”.