O Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal) recuou 0,1% em dezembro/13 na comparação com o mês imediatamente anterior (novembro/13), já descontadas as influências sazonais. Com este resultado, o crescimento acumulado no ano de 2013 foi de 2,3%, maior que o desempenho do ano passado quando, segundo os dados oficiais do IBGE, o crescimento econômico brasileiro atingiu 1,0%.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, o ano de 2013 foi marcado por uma relativa recuperação do cenário internacional (fim da recessão na Zona do Euro, início do processo de retirada dos estímulos monetários nos EUA) mas também por algumas condicionantes internas (aceleração da inflação, ampliação do déficit externo e elevação das taxas de juros, queda do superávit primário, redução dos níveis de confiança de empresários e consumidores) que acabaram por impedir um crescimento mais vigoroso da economia brasileira.
Do ponto de vista da oferta agregada, o destaque do ano de 2013 foi o crescimento de 7,3% registrado pelo setor agropecuário tendo em vista a safra recorde de 188,2 milhões de toneladas de grãos (alta de 16,2% em relação à safra de 2012). Porém este desempenho do setor agropecuário não foi acompanhado pela atividade industrial, que cresceu apenas 1,3% em 2013, e nem pelo setor de serviços, cuja expansão em 2013 foi de 2,1% em relação ao ano anterior.
Pelo lado da demanda agregada, o principal componente dinâmico foram os investimentos que avançaram 6,3% no ano passado em ralação a 2012, ano em que estes haviam caído 4,0% em relação a 2011. Entretanto, tanto o consumo das famílias quanto o consumo do governo exibiram fraco dinamismo no ano passado: o primeiro avançou 2,3% e o segundo apenas 1,8% perante os valores de 2012. Também o setor externo, com as importações crescendo muito mais que as exportações (8,7% contra apenas 2,0%) pesou negativamente sobre o desempenho da economia brasileira em 2013.
A série histórica deste indicador está disponível em
Metodologia do Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal)
Na construção do Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal) utilizam-se técnicas estatísticas de desagregação temporal com indicadores (Chow-Lin, Fernandez, Litterman e Santos Silva-Cardoso). Cada subcomponente do PIB Trimestral, sem ajuste sazonal, oriundo do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, foi desagregado, por cada uma das técnicas supramencionadas, utilizando-se séries de alta freqüência (mensais) altamente correlacionadas com a série a ser desagregada. Considerou-se como estimativa final de cada série mensal associada a cada um dos subcomponentes do PIB Trimestral a média aritmética simples dos valores mensais obtidos por cada uma das técnicas distintas de desagregação temporal.
As séries mensais finais dos subcomponentes foram utilizadas como indicadores para a obtenção das séries dos níveis hierárquicos imediatamente superiores, sempre considerando como estimativas finais, em cada etapa, as médias aritméticas dos valores obtidos pelas quatro técnicas de desagregação temporal. Tal procedimento foi conduzido até chegar-se à última desagregação temporal, ou seja, do PIB Trimestral Consolidado, sendo que, para tanto, consideramos como indicadores mensais as séries desagregadas dos componentes da oferta agregada.
Para a obtenção das estimativas mensais das séries do PIB Trimestral com ajuste sazonal, cada componente mensal desagregado nos procedimentos anteriores (sem ajuste sazonal) foram ajustados sazonalmente utilizando-se TRAMO/SEATS constituindo-se, assim, os indicadores mensais a serem utilizados nas técnicas de desagregação temporal das séries, com ajuste sazonal, do PIB Trimestral.
Assessoria de imprensa da Serasa Experian