A coluna vertebral requer cuidados, já que é afetada pelos “tempos modernos”, em que ficamos cheios de afazeres, sob pressão e stress, e muito tempo sentados com má postura diante do computador ……. Isso tudo tem como consequência a dor, porém, as pessoas acabam convivendo com ela sem dar a devida importância, até que o organismo “apita” de vez e ela se torna insuportável, uma vez que o problema acaba se agravando. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a hérnia de disco afeta 5,4 milhões de brasileiros e 13% das consultas médicas estão relacionadas à dores nas costas. Se antigamente as pessoas “arrancavam os cabelos” e “morriam de medo” por ter a notícia de que precisariam fazer uma cirurgia de coluna, hoje em dia elas não precisam mais se preocupar, pois a chance de intercorrências é bem menor. Afinal, técnicas eram totalmente invasivas e hoje os métodos foram aperfeiçoados, fazendo com que as cirurgias mini invasivas roubassem a cena e os pacientes, pois os riscos são bem menores quando comparados às antigas cirurgias abertas. “Para se ter uma idéia, nos EUA, são realizadas 200 mil cirurgias minimamente invasivas por ano. Esse tipo de cirurgia é indicado para problemas como hérnia de disco, degeneração da coluna, escoliose e compressão medular”, afirma o Dr. Juliano Lhamby, cirurgião da coluna.
Os dois tipos de cirurgia se diferem bastante. As cirurgias tradicionais de coluna apresentam maior agressão aos tecidos do corpo. “As incisões eram grandes e geravam cicatrizes com resultados esteticamente comprometidos. O tempo de recuperação de uma cirurgia aberta é de 05 a 06 dias e a taxa de infecção chega a margem dos 10%”, acrescenta o médico. Já a cirurgia minimamente invasiva tem como característica e vantagem não apenas o tamanho do corte, que é de apenas 04 cm aproximadamente. Ela também proporciona uma lesão interna muito menor, assim como o tempo de hospitalização que é de apenas 02 dias, as chances de complicação pós-cirúrgica e dor também são muito pequenas e a taxa de infecção cai para apenas 01%. Além disso, nesse tipo de cirurgia, manipulam-se menos as estruturas neurais, visto que trabalha-se através de tubos pequenos e tem-se menor dano muscular, já o músculo é menos dissecado.
Também é importante ressaltar que o sangramento é reduzido, evitando transfusões de sangue. Porém, antes de realizar qualquer procedimento é recomendado fazer com antecedência os exames pré-operatórios: ressonância magnética, raio x e tomografia.
O paciente deve se submeter a uma consulta para que o cirurgião possa avaliar se ele é um candidato a cirurgia minimamente invasiva. Em princípio ela é indicada à todos os pacientes com dores crônicas, seja nas costas ou irradiada para os membros, que não melhoram com a fisioterapia e que apresentam as seguintes patologias seja na coluna cervical, torácica ou lombar: hérnia de disco, degeneração discal (desgaste do disco), espondilolistese (escorregamento da vértebra), estenose de canal (compressão), deformidades, principalmente as escolioses infantil e adulta, ou ainda com fraturas por osteoporose.
Pacientes na melhor idade e obesos também são grandes beneficiados pela técnica, justamente pelo fato de ser menos agressiva.
Rojas Comunicação